quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Querido blog,

Não tenho o que escrever.
Estou numa fase horrível de bloqueio mental, criativo, produtivo.
Não consigo pensar em nada.
Minhas aulas acabaram, não tenho mais provas nem
trabalhos para me desorientar.
O que me resta?
Dar um tempo.
Espero poder voltar cheia de coisas e causos para lhe contar.
Até lá, o nada.
Palavras sem nexo, de despedida...
E só.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Meu canto...

Ando com os sentimentos embaralhados, o coração pesado, a mente cheia, o corpo quebrado. Um caco humano.
Eu não sei lidar com emoções. Toda a minha habilidade racional me tornou uma inépta emocional. Não sei sentir.
Isso me preocupa, agora que não tenho um "amor pra controlar". Não falo de amor fraternal, esse que a gente sente pelos amigos, pelo irmão... falo de amor passional.
Eu estou sentindo muitas coisas ultimamente, mas não sei bem o que é; como se tudo de que eu me privei esse tempo todo me invadisse descontroladamente e eu não conseguisse evitar. Muito menos controlar.
Tô cansada, de tanta coisa, mas não sei desistir. Acho que fico esperando que as coisas, as pessoas, as situações se dissipem por si só... como se tudo fosse desistir de mim.


Acho que na verdade mesmo estou cansada de não sentir.
Quero um amor, novo, verdadeiro, sincero, incondicional.
Que não me faça ter vontade de controlá-lo, nem de não sentí-lo.



Eu quero sentir, com vontade, com intensidade.
Será que isso é tão difícil?

domingo, 23 de novembro de 2008

Among "angel" or "demon".


"Acredita em anjo? Pois é, sou o seu.
Soube que anda triste, que sente falta de alguém.
Que não quer amar ninguém...
Por isso estou aqui, vim cuidar de você, te proteger, te fazer sorrir.
Te entender, te ouvir, e quando tiver cansada, cantar pra você dormir.
Te colocar sobre as minhas asas... Te apresentar as estrelas do meu céu!
Passar em Saturno e roubar o seu mais lindo anel.
Vou secar qualquer lágrima que ousar cair.
Vou desviar todo mal do seu pensamento, estar contigo a todo momento, sem que você me veja
Vou fazer tudo que você deseja...
Mas, de repente você me beija; o coração dispara e a consciência sente dor.
E eu descubro que, além de anjo, eu posso ser seu amor."




Dia 22/11/08: Pelourinho, Praça Pedro Arcanjo (!!!). Shows das bandas Vanguart, Cascadura e Móveis Coloniais de Acaju. Ingressos esgotados. Filas, agitação, multidão. Eu estou na entrada da praça, esperançosa, mas conformada com a minha frustração de não poder entrar lá. São aproximadamente 21hs10min. Uma luz se ascende... eu entro, e tudo começa com uma última música: "Só acredito no semáforo, só acredito no avião. Eu acredito no relógio... acredito no coração."

E eu acredito em Anjos...
Neste dia, vinte e dois do onze de dois mil e oito, uma luz muito linda brilhou pra mim.
Um Anjo, de verdade. Era um Anjo de verdade.
É um anjo... só pode ser.
Só não soube como, nem quando agradecer de verdade, porque bênçãos assim só podem ser sinais, e não devem ser ignoradas.

Obrigada. Muito mesmo. Por ser meu anjo, dessa vez, nesse dia.



Só pra eu sempre lembrar.
E pra nunca me esquecer.
Ouvindo "Wise Up" - Magnolia Soudntrack.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20 de Novembro.

Salve, Zumbi!
Tantos anos já se passaram, mas a caravana da maldade não parou. Ela não para nunca.
Dia da Consciência Negra. Deveria ser feriado num país onde 80% da população é afrodescendente. Deveria ser comemorado com mais fervor num Estado onde 90% da cultura têm suas raízes fincadas na África.



Eu não quero e não vou falar muito.
Sei apenas que, hoje, eu sinto vergonha do 20 de novembro.

Somos o povo mais hipócrita que eu conheço. Eu me considero mais legitimamente afrodescendente do que a minha vizinha aqui do lado.
Isso me deixa triste.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Aproveitando a inspiração...

Muito, mas muito decepcionada comigo mesma. Eu não estou me reconhecendo.
Antes, quando eu queria muito uma coisa, como boa amante da guerra que sou, ia atrás do que eu queria até conseguir. E, se não conseguisse, tinha pelo menos a certeza de que tentei até as últimas conseqüências.
Eu não sou de desistir fácil do que eu quero muito.
Porém, hoje estou diante de uma situação que, não sei porquê, está me deixando inerte.
O caso é o seguinte: eu estou gostando muito de uma pessoa, quero muito ficar com essa pessoa, e por algum motivo absolutamente desconhecido pra mim, essa pessoa não quer nada comigo. Ou, se quer, não está demonstrando de maneira 'adequada'.
E ao invés de eu literalmente 'correr atrás', o que eu estou fazendo?
Desistindo.
Tenho medo de perder... o que eu ainda não tenho! Eu nem o tenho, e estou com medo de perdê-lo!
Acho que nem a amizade dele eu consegui conquistar... e não estou tentando. E a medida que eu não tento nada, ele se afasta cada vez mais da minha realidade.
Eu preciso reagir!!!! Mas como? Quando? Como vou saber o momento certo de tentar de novo?
Enquanto eu fico aqui pensando, ele fica cada vez mais distante de ser meu.
E eu nem vou poder dizer que tentei com todas as forças...

Ouvindo "Shade of my soul" - Almah.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Pra você ver...

"I want you..."

Coisa estranha esse negócio de gostar de alguém. De querer muito, além do desejo, além do corpo, além de tudo.
Eu não me vejo mais sem você, mas estou sempre sem você. Sempre estive antes.
E agora eu não sei mais.
Eu só quero que você acredite. E sinta o quanto eu quero ter você, estar com você e estar em você.

Você desperta coisas que eu nunca imaginei que sentiria um dia.
Até meus instintos mais sacanas.
E o melhor de um sentimento de querer bem, querer fazer bem.
Estou em desvantagem.
Se ao menos você acreditasse em mim...

http://br.youtube.com/watch?v=mcYu5Vg_YH8

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Adote um filhote!!!


Essa é a mamãe Amelie e seus filhotinhos.
Não poderei ficar com os filhotes então... estou doando-os.
Não vou vendê-los, vou doá-los.
Será que ninguém quer uma fofurinha dessas?
Aguardo contatos.
Quem adotar o 1º ganha uma tigelinha e 1/2Kg de ração pra filhote.
Eles estão esperando!!!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sou vovó!!


Ontem minha filhinha fofa deu à luz a seis (seis!!) filhotinhos lindos, fofos e saudáveis.
Todos nasceram e permanecem vivos!!
Foi um parto tranqüilo, ela foi uma mamãe exemplar. Mas, confesso que me deu uma angústia tremenda! Eu não nasci pra ver/fazer partos, muito menos da minha filhona. Ver ela sofrendo me deu uma dor no coração...
Enfim, tudo correu muito bem. Agora vou investir na campanha "ADOTE UM FILHOTE DE GATO!".
Alguém tem que se compadecer e adotar uma fofurinha dessas, senão eu vou ter que abandoná-los em qualquer lugar. E eu não quero fazer isso.
Minha felicidade é ver que todos passam muito bem: mamãe e filhinhos(as).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Saibamos pois: estamos sós.


Meu presente de aniversário foi o show do Marcelo Camelo, ontem, na Concha Acústica do TCA.
A expectativa foi tão grande que a decepção foi imensa. Mesmo peso, mesma medida. Não pelo show em si, que foi lindo diga-se de passagem, mas pelo pós-show, e toda a atmosfera que o rodeou.
Pela(s) companhia(s), pelo modo como tudo terminou...
Tinha tudo pra ser perfeito, mas não foi.
O importante é que terei mais boas recordações pra guardar na minha caixinha fotográfica de 1 zilhão de gigabytes do que más...
As más, vou tratar de deletá-las. Elas não me interessam.
Não fazem parte do meu presente.
Obrigada, Cíiiiii! Te amo amiga!
Valeu!!!!

:)


"Eu sei, todo ser humano
Pode ser um anjo."


Ai, ai...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eu adoro o dia em que eu nasci. O dia mesmo, 'vinte e quatro de setembro'. Nesse mesmo dia nasceram grandes nomes, de grandes feitos. Inclusive Pedro Almodóvar! ^^
Mas não gosto muito de aniversário, me deixa sempre deprê saber que eu estou há mais um ano no mundo e nada mudou, a não ser a minha idade.
Esse ano, pelo menos, eu acordei diferente. Não estou deprimida e nem com a sensação de 'inércia inata cognitiva'.
Eu estou feliz, entusiasmada e cheia de uma esperança que eu não sei de onde vem...
É a Primavera. Ela sempre deixa a gente leve, e graciosa. Como ela.
Eu não tenho mais sobre o que falar. É isso. É o meu aniversário, e que fique registrado que, pela pimeira vez, eu estou feliz por ser meu aniversário.
Hoje, vinte e quatro de setembro de dois mil e oito.
Que dia lindo...!!!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um outro olhar.

Era pra ser sobre coisas boas. Novas coisas, novos começos.
E sobre um sentimento melhor, de recomeço e até felicidade.
Mas, realidade, aqui vamos nós!
Não mudou muita coisa na minha vida desde o último post. Mas, de certa forma, a minha postura em relação a todas essas coisas mudou, é outra.
Eu não sinto mais pena de mim. Não me vejo mais como vítima.
Ora, e onde foi parar todo aquele papo de 'sou responsável pelo que atraio pra mim'? Pois é. Pensei tanto nisso que acabei abrindo os olhos - e o coração - pra esse tipo de sentimento pejorativo que eu estava alimentando.
Se essas coisas estavam acontecendo comigo, é porque eu assim o desejei. Eu estava criando esse caos, esse véu negro sobre mim.
Não vou dizer que estou bem, que já está tudo sob controle.
Mas estou querendo melhorar. E estou tentando.
"Everything in the right's place."
É isso. Tudo está como deveria estar. E isso não é ruim; é só diferente.
Em busca de novas respostas, novas reações.
Da vida, de mim.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mea culpa... maxima culpa.

Sou um fracasso.
Uma fraude, uma inerte, incompetente... um monte de nada.
É duro encarar a realidade e assumir essa culpa, mas é necessário.
Acordar do sonho, viver o pesadelo.
Tô muito mal.
Mal mesmo.
Não consigo nem dormir direito.
Nem chorar, nem rir.
Vou dar um tempo.
Quando conseguir escrever alguma coisa que não seja só dores, desalentos, desilusões, aí eu volto.
Se der.

sábado, 23 de agosto de 2008

I Will

"Eu vou me deitar em um abrigo subterrâneo
Eu não vou deixar que isso aconteça as minhas crianças
Conhecer o mundo real saindo de sua concha

Com elefantes brancos, vítimas fáceis
Eu vou vir a tona."

Little babies' eyes, eyes, eyes, eyes...



Um sentimento mais ou menos parecido com esse.
Se é que vocês me entendem.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008



Estou há pouco mais de 3 noites sem dormir direito, com enxaqueca e um inconfudível mau-humor...
Mas apesar dos pesares, está tudo na mais perfeita desordem de sempre.
Não consigo arranjar emprego, estágio ou qualquer coisa do gênero; não consigo gostar do meu curso nem mesmo agora que estou no definitivo 5º semestre; não vejo graça nas gracinhas da TV e inacreditávelmente não consigo sair da frente das telas...
É a informatização. Essa merda toda que chamamos de comunicação só serve mesmo pra uma coisa: mensurar o quão inerte somos diante de tudo isso.
E pra quê eu escrevo essas coisas, meu Deus? Pra quem?






"Mas, não me diga isso.
Hoje a tristeza não é passageira.
Hoje fiquei com febre a tarde inteira.
[...]
Queria ser como os outros, e rir das desgraças da vida.
Ou fingir estar sempre bem..."

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

My eyes.*



Deep in my heart, there's no room for crying,
but I'm trying to see your point of view.
Deep im my heart, I'm afraid of dying,
I'd be lying if I said I'm not.

Welcome in, welcome in,
Shame about the weather
Welcome in, welcomw in,
It will come
It's a sin, it's a sin,
Where birds of a feather, are welcome to,
Land on you...

Ya ya ya (2x)
You've got my eyes
We can see, what you'll be, you can't disguise
And either way, I will pray, you will be wise
Pretty soon you will see the tears in my eyes...

[...]


PRETTY SOON YOU WILL SEE THE TEARS IN MY EYES...

*Travis - The Boy With No Name.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Tão só...
e eu preciso de um café bem forte, sem açúcar.
Aí fica tudo bem.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Canção.

Qual dia somos nós?
Nós somos todos os dias, meu amigo.
Nós somos toda a vida, meu amor.
Nós amamos e nós vivemos.
Nós vivemos e nós nos amamos.
E não sabemos o que é a vida.
E não sabemos o que é o dia.
E não sabemos o que é o amor.
(Jacques Prévert)

"E embora eu me repita várias e várias vezes,
nunca hei de dizer-te a mesma coisa, nunca hei de
amar-te da mesma forma, e nunca, em nenhuma hipótese,
irei morrer por ti nos mesmos dias de sempre."
(inconsciência de Jeane)
É o inverno, esse tempo fatalmente frio.
Estação; não condição da alma.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Última Postagem às 2:04h do desespero.

O mundo dá voltas.
E ás vezes parece que só dá voltas.
Não consigo acreditar nas coisas que acontecem comigo...
Por quê pra mim nada muda? O que eu ando fazendo de errado? O que eu não ando fazendo?
Estou com muita raiva de tudo. O mundo conspira contra mim, mesmo quando acompanho as suas voltas com todo meu entusiasmo infantil.
Chega de mudanças. Eu quero a estática.
Vai ver assim as coisas aconteçam diferentes.

"Eu quis querer o que o vento não leva pra que o vento só levasse o que eu não quero."
[...]
(Os Paralamas do Sucesso, Um Pequeno Imprevisto)


É, vai ver é isso.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

In Memorian*

Tudo que sei é que você quis partir. Eu quis partir você, tirar você de mim.
Demorei pra esquecer, demorei pra encontrar um lugar onde você nãa me machucasse mais.
E, guardei um pouco. Por que o tempo é mercúrio cromo, e tempo é tudo que somos.
Talvez tivéssemos, teríamos tido, tivéramos filhos; estava lhes ensinando a ler On the road e coisas desiguais.
Com você por perto, eu gostava mais de mim.
Veja bem, eu já não sei se estou bem só por dizer.
Só por dizer é que finjo que sei.
Não me olhe assim, eu sou parte de você, você não é parte de mim.
Do meu passado 'cê faz pouco caso. Mas, só pra você saber, me diverti um bocado!
E, com você por perto, eu gostava mais de mim.

(Legião Urbana, La nuova gioventú)

*Feliz Aniversário. Nunca esqueci.Nunca esquecerei.

domingo, 13 de julho de 2008

Dias de Julho.

Daqui há uns dias vou viajar.
Tomando um café, fico pensando o que realmente me fará falta enquanto estiver longe.
Muito pouca coisa me interessa de fato, ou prende minha atenção.
Sei que vou ter a companhia de um livro, um mp4 com minhas músicas favoritas, e o colo da minha mãe.
Mas o que mais me deixa feliz? O que completa e preenche as minhas tardes vazias?
Qual o maior confidente das minhas madrugadas em claro? De quem mais eu vou sentir falta?
A justificativa de que as pessoas que amo levo em meu coração não me convence muito.
Sinto falta de pessoas, materialmente falando.
Onde estão meus amigos? Cadê meu irmão? Cadê meu amor?
Sei que parece até letra da Adriana Calcanhoto, mas essas indagações realmente me incomodam.
Eu ando mesmo desorientada, confusa, e muito pouco auto-confiante.
Meu norte são essas pessoas. Mas, se não as tenho agora, como posso esperar que caibam na minha mala para que eu as leve onde for?
Tô falando pra você, querida EU, que não existe nada no mundo que seja realmente seu. Nada em que você possa depositar seu sentido de viver, de pensar.
Você nasce só, vive só e na melhor das hipóteses, vai morrer só.
Pare de se preocupar com o que não se pode mudar.
As coisas são assim.
Cada vez mais acredito menos no real sentido do livre arbítrio. Não existe escolha.
As coisas são como são, como foram predestinadas a ser.
E que esses dias passem logo. Anos atrás foram assim. Nos próximos também serão. Mesmo que você diga que um dia, talvez, isso vá mudar.
Julhos, Agostos, Janeiros... o que muda? Os dígitos finais dos anos que passam.
Por que eles sim, eu sei que passam. Imprescindíveis.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Que Deus me ajude.
Temidas escolhas apareceram em meu caminho recentemente...
Estou desesperada. Não sei o que fazer. Como reagir.
O pior de tudo é que eu não sei o que fazer com a sarna que arranjei pra me coçar.
Respire fundo. Feche a porta e esqueça o barulho... idéias prontas pra mergulhar.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Hãn...

Começar é sempre difícil.
Sempre penso nisso quando vou fazer alguma coisa da qual sei que posso e vou me arrepender, mas que tenho que fazer.
Escolher é um caminho difícil, mas concretizar as escolhas... isso sim é um desafio.
Quando sento pra escrever é por que já estou com a cabeça cheia de confusões. Daí, olho pra tela e pergunto: "Como é que eu vou começar?" Fico olhando o teclado, analisando, escaneando as letras como se nunca tivesse visto um teclado antes.
E, de repente, não mais que de repente... estou eu catando as coisas, e tentando organizá-las, e transformando em palavras tudo que já foi idéia um dia. Pensamentos. Coisas vãs.
Sofro uma cobrança exacerbada de mim mesma pra escrever.
Mas pra quê? Como saber qual o momento certo, o que vale a pena, como deve ficar?
Eu e meus questionamentos.
Na verdade, quero apenas desabafar comigo mesma sobre isso, essa angústia, essa inquietação que eu sinto sempre que tenho que fazer alguma escolha, tomar uma decisão.
Eu devo ser maluca.
E dou corda aos meus devaneios como se fossem explanações pautadas no mais absoluto discernimento e coerência. Definitivamente eu não devo bater muito bem do juízo.
Não sei bem como começar as coisas, mas sei como terminá-las prontamente.
E só acabar e pronto. Por um fim nas coisas é a minha especialidade.
Só não sei como por um fim nas minhas dúvidas.
C'est la vie!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ai, ai...

Um dia frio...
Um bom lugar pra ler um livro, e eu estudando pro seminário de Comportamento do Consumidor.
Ossos do ofício.
Ainda bem que é o último! E aí... que venham as provas finais. As duas, apenas.
No mais, é aquilo mesmo, não muda nada.
Só o tempo, que é instável, indeciso, e ataca minha renite.

sábado, 21 de junho de 2008

Yule



Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra. O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.






quinta-feira, 19 de junho de 2008

Bandeira.

Eu não quero ver você cuspindo ódio.
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor.
Eu não quero ver você chorar veneno.
Não quero beber o teu café pequeno.
Eu não quero isso, seja lá o que isso for.
Eu não quero aquele, eu não quero aquilo.
Peixe na boca do crocodilo.
Braço da Vênus de Milo acenando tchau.
Não quero medir a altura do tombo.
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro.
O melhor futuro este hoje escuro.
O maior desejo da boca é o beijo.
Eu não quero ter o tejo escolhendo das mãos.
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo.
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo.
Tua língua em meu mamilo água e sal.
Nada tenho vez em quando tudo.
Tudo quero mais ou menos quanto.
Vida, vida, noves fora, zero.
Quero viver, quero ouvir, quero ver.
(Se é assim quero sim, acho que eu vim pra te ver.)

(Zeca Baleiro)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Nenhuma légua submarina.





Quando eu vejo o mar sinto uma angústia...
Não sei, acho que é a sensação de insignificância de ver aquela imensidão toda se estendendo além de mim. E o medo de ser engolida por ela.
Mas a angústia em si é mais pelo simples fato de não saber onde termina toda aquela água, toda aquela vida... o mar pra mim tem uma sinonímia com imenso. Tudo é imenso, extenso, profundo, turbulento.
E claro. Claro como a alma, como o céu, como um cristal.
O mar é como um grande cristal líquido, nunca antes lapidado, mas que assume diversas formas e se transforma na jóia que quiser.
Eu bem sinto é inveja dele...
Queria sim, ser engolida pela grande garganta, de águas quentes, sensações geladas, extensas turbulências.
Só porque sou absoluta e inconscientemente apaixonada por ele.
Por seu corpo claro, de dia verde, ás vezes azul; à noite negro, denso, aterrorizador. E belo, sempre belo.
Talvez sua imensidão me chame, como um abismo chama o corpo que o observa, que o olha de cima. É como se ele gritasse o meu nome e eu não pudesse resistir ao seu chamado e me rendesse...
Estou no fundo agora; congelando, caindo, afundando. Percebo que já está me faltando o ar, minhas pernas já não respondem, e como um peixe numa rede me debato inutilmente, tentando por mais uma vez encontrar a superfície...
Então já é tarde. Não vou mais retornar à terra. O mar, gigante e cobiçoso pelas almas que angustia, já me prendeu na sua rede.
E ninguém mais vai gritar meu nome.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mutante como as estações, é assim que eu sou.
Mutante como a Lua, assim sou eu.
Um grande mar de instabilidade, incertezas, inconstâncias... mas absolutamente humana e mulher.
E qual a beleza de ser mulher se eu não puder ser uma explosão de surpresas e imprevisibilidade?
Em minha modesta opinião, nenhuma.
Sou o que sou por acreditar que ter convicção é muito bom, mas mudar de idéia é um prazer inenarrável.
Deixo as críticas para quem as convém. A mim pouco interessa falar o que não me diz respeito, o que não me condiz, por que é de mim, e apenas de mim, que sei falar.
Sem nenhuma imparcialidade, neutralidade e unilateralidade. Sobre mim sei quase tudo, o "tudo" que eu preciso saber para ahar que me conheço bem.
Só mesmo eu sou capaz de me ver do jeito que ninguém mais me vê, de ser como os outros nunca imaginarão que eu seja.
De viver assim, auto-suficinte o bastante pra não me preocupar com o que os outros pensam.
Eles não precisam saber nada sobre mim, pensar nada sobre mim; eu sim.
Convicções: tenho muitas, apenas para ter o prazer de revogá-las, contradizê-las quando quiser.
E porque já estamos no 10° dia do mês, e tudo foi passando tão rápido que eu nem tive tempo de assimilar e muito menos escrever, estou aqui pra - talvez - me contradizer mais uma vez. Convicta.
Hoje as palavras são poucas.
Os sentimentos, estes ainda são muitos, enchendo meu vazio agudo, que anda meio cheio de tudo.
(citando Paulo Leminsky.)

sábado, 31 de maio de 2008

Chuva e Sol.





Tentei começar pelo começo, mas não deu. As palavras foram se misturando, as frases se desordenando aqui dentro e deu no que deu. Escrevo como se lesse, como um dislexo leria.
Há mais de quinze dias não durmo; não como uma pessoa normal, sabe, oito horas mínimas, seguidas, com sonhos e tudo mais. Nem as minhas habituais quatro horas de sono satisfatórias eu tenho tirado em uma noite. Me tornei, literalmente, o que chamam vulgarmente de zumbi.
Um ser noturno, uma noctívaga de carteira assinada.
Então, não era isso que eu queria, aproveitar a noite? É, queria, mas não como se tivesse cheirado 30g de cocaína pra me manter "ligada" assim, quase vinte e quatro horas por dia. E isso há mais de quinze dias!
Não tô aguentando mais. Meu sistema imunológico tá fraquíssimo, meu sistema emocional abaladíssimo, e o psicológico surtadíssimo. Tudo assim, no superlativo absolutíssimo.
Quando a minha "Terra entra em transe", já era. As coisas fogem do meu controle racional e ceticista, e vira essa profusão de coisas sem nexo, absurdas em toda sua natureza morta.
Eu não sei mais o que escrevo, e escrevo como se sempre soubera o que escrevia. Minha coluna dói, curva, na sua subserviência indigna. Doem joelhos, pernas, pés, mãos, tudo. Até meus cabelos nascendo, e caindo pelos ombros, que também doem.
Ainda tem esse frio de fim-de-outono, esse vento que corta o coração...
Em minha alma agora, um nó.
Não sei de onde vem essa dor, só sei que choro, choro na esperança de ressaquiar e, quem sabe, conseguir dormir. E sonhar. Acordada, não sonho. Nem durmo a mente. Nem sei quem eu sou.
Quem me dera essa cena triste que vejo em frente ao espelho fosse um sonho, e eu acordasse assustada de repente, sentindo uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto. Aconchegante, me fizesse irromper em soluços, depois gargalhadas, depois sono de novo.
Pra morrer, pouco me custa.
Pra viver, menos ainda.
Fico com o que custa menos, pois em tempos de carestia, é prudente ser econômico, até nas pequenas coisas, como viver e morrer.
E por onde é que eu começo mesmo?

domingo, 27 de abril de 2008

Passagem.

O Samhain não é um tempo só de morte, é também um tempo de recomeço, de novo início. É um tempo em que as sombras vem lhe dizer que há coisas a serem deixadas para trás para que outras novas possam acontecer.
O grão volta para a terra, pra dentro do Grande Útero; volte-se para dentro de si, do seu ser.
O que você é agora? O que você construiu? No que você se tornou?
Toda Luz produz uma Sombra proporcionalmente igual a ela. Você faz crescer a sua Luz, busca alcançá-la? E quanto a sua Sombra, que importância tem dado a ela?
Tempo de perguntas e de respostas.
Tenho medos, muitos, que sempre tentei esconder. Tenho medo do que não posso controlar. O destino é um deles.
Medo de mudar, de crescer, de parecer frágil e humana. Mas eu sou humana!
Medo do fracasso.
Reajo com agressividade algumas poucas vezes e com verdadeira inércia na maioria das vezes. Me rendo muito fácil ao que eu acho que não posso vencer. Não reconheço a fraqueza que há em mim. Não reconheço a minha culpa, o que eu atraio por livre e espontânea vontade e consciência.
Preciso me desfazer do que já foi, do que não quero mais. ver quando é necessário utilizar a minha Sombra, porque ela é apenas um paralelo da Luz que há em mim.
Uma extensão de mim, um potencial que deve ser trabalhado, necessário. Talvez eu só cresça satisfatoriamente quando reverenciar o seu verdadeiro valor, reconhecê-la e aceitá-la.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Vida, louca vida, vida breve...
A Lua já está no seu quinto dia, pronta pra crescer, pra encher, e eu esvaziando...
Vai logo, Lua, enche e me enche também, quero ser fértil, cheia e linda, como você, como irá ficar daqui há dois dias.
Muito sensível, mas um pouco mais determinada que nos últimos dias.
Nada como a Lua pra te inspirar novas expectativas, e novas realizações, por que não?
Procurando crescer, mudar e não rejeitar minha sombra, pois somos todos feitos de luz e sombras.

P.s.:Ouvindo Aimee Mann, "Save me" - Magnolia Soudtrack.
Lindo, lindo, lindo.
"Come on and save me...Why don't you save me? If you could save me, from the ranks of the freaks, who suspect they could never love anyone. Except the freaks, who suspect they could never love anyone, except the freaks, who could never love anyone."

sábado, 12 de abril de 2008

Isso não é um divã.



Não durmo há dias. Noite muito calma, coração apertado. Lá vem o desespero outra vez, sufocador, opressor, intransigente.
Não posso deixar ela me vencer. Tento me convencer disso a cada vez que abro os olhos, que me percebo respirando, que tento me levantar.
Agora ela não deixa nada crescer em volta dela, a não ser a dor, o rancor, a mágoa, o sofrimento.
Estou sob um leve desespero, que me leva pra bem longe dos meus anseios e sonhos.
Onde estão meus amigos? Será que eu ainda os tenho? Será que algum dia os tive?
Meus ossos doem, meu corpo está muito cansado. Difícil andar quando todas as suas articulações te impedem e se trancam.
E o tempo... o tempo demora a passar quando a gente fica longe de quem gosta, quando não estamos perto de quem a gente ama.
Já não tenho mais aquele comum medo da morte, tenho agora medo de ficar só.
Ficar só de não ter ninguém do meu lado quando eu precisar chorar, ou rir, ou simplismente olhar e ficar horas sem dizer nada.
Mas já estou ficando só, e é tudo culpa dela. Não quero mais essa insuportável companhia da solidão, da angústia, do medo de ficar cada vez mas sozinha.
Sem perceber, me prendi a um monte de situações que já não querem mais me libertar.
Ninguém mais ouve meus gritos, minha angústia, meu cansaço (que agora são apenas ecos em minha cabeça).
Eu tento me libertar, e o que eu consigo? Indiferenças, muito pior que ódio e desprezo.
No mais, deixo tudo isso pra lá, quando tenho uma boa xícara de café forte e com pouco açúcar pra me acompanhar em dias frios, ou quando tenho um copo grande e transparente cheio de suco de maracujá em dias quentes.
E chocolate, ás vezes. E chicletes. E qualquer coisa pra ler, porque ler ainda é uma das poucas coisas que me dá prazer e alegria; até esqueço quem sou, onde estou e o que eu não tenho quando estou mergulhada em um bom livro.
Ler? "Terapia de pobre", já dizia meu colega de escola... e eu sempre discordei.
Contudo, não se pode negar que é uma bela (e melhor) terapia, seja qual for a classe social.
Vou tentar escrever coisas mais alegres, quando estiver mais alegre, talvez.
E como sempre , o fim não tem nada a ver com o começo, por que os desfechos na minha vida são sempre confusos e indecifráveis. Como o que escrevo.


sexta-feira, 4 de abril de 2008

Vazio Agudo


Engraçado... há tão poucas coisas que me emocionam na vida...
Hoje meu dia não foi nada fácil, não teve nada de flores; se teve, foram apenas os talos com espinhos.
E eis que me pego, por um instante, prestando atenção ao que passa na tv (maldita tv): dois músicos que eu admiro muito tocando juntos no Programa do Jô. Como é lindo! Duas gerações diferentes, dois instrumentos diferentes, a mesma música e a mesma emoção. A música faz isso, atrai as pessoas, encanta, hipnotiza, transforma.
Eu, que estava até então num estado de quase transe, vagando em algum lugar que não este plano, voltei como que por mágica pra esta realidade injusta. A música foi os meus farelos de pão no caminho de volta. Voltei quase sem perceber, e quando vi, já sentia a lágrima escorrendo pelo meu rosto, aquele gosto de sal na boca, o desconforto no estômago, as dores pelo corpo...
Sinto falta de sorrir como sorria antes. Quando será que vem a cura? Será que existe cura pra isso? Sofrer de um mal que nem todos vêem, nem todos sentem, nem todos sofrem; não há descanso pro corpo, não há descanso pro coração.
Solidão, pra mim muito mais do que um mal: uma realidade. Minha realidade.
Escrevo estas linhas tortas pra despejar a cota do dia.
Yamandú e Dominguinhos tocam lindamente aquela melodia, e eu despejo os meus dejetos de solidão pelos olhos, pelas palavras mal escritas aqui.
Antes não tivesse acordado, não tivesse voltado.
Já não falo coisa com coisa. Melhor ir dormir, como diria José Paulo Paes, 'a pequena morte de cada noite' antes do sobreviver de cada dia.

terça-feira, 1 de abril de 2008

""

Quem foi que inventou a bomba atômica? Quem foi que inventou a maldita televisão? Quem foi que inventou essa angústia, essa dor? Quem, nesse inferno em chamas, ousou inventar a insólita solidão?
Minha febre não baixa... malditas são as vozes em minha cabeça. Tanto tempo, tanto tempo, pra quê?
Não tenho nada pra fazer, pra sentir, pra morrer. Não tenho nada. Só eu só. E o tempo.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O mais difícil.

Ando um pouco sem paciência pra escrever.
Tenho tido muita coisa pra estudar, e ler, e fazer, que nem tenho me dado ao trabalho de atualizar essa joça que ninguém lê, além de mim mesma. Confesso que também por outros motivos, como não ter exatamente o que escrever, tenho me dado ao luxo de não me preocupar com meu blog.
Ainda ontem estava me perguntando: "Pra quê você criou um blog se você nunca escreve?" Mas é isso, eu mesma me responderei: é pela necessidade insana e masoquista de, de vez em quando, espiar minhas asneiras como se não fossem minhas. Na verdade, acredito que não sou eu mesma quem escreve, pelo menos não conscientemente. Sempre evitei deixar registrado toda e qualquer coisa que denunciasse essas minhas divagações.
Meu grande e maior defeito é não saber sobre o que vou escrever quando me predisponho a isso. É estranho, porque eu até que falo bem, leio bem, tenho um raciocínio lógico que não deixa a desejar (não, na verdade ele deixa a desejar sim), mas quando é pra escrever... putz!, parece que eu não sei nada!
Eu tinha a intenção, quando fiz o blog, de pôr aqui um pouco de tudo o que eu penso, de tudo o que eu sinto, até mesmo algumas coisas importantes que tenham se destacado na minha vida, mas até agora eu não vejo nada aqui que faça sentindo, nada que corresponda ao que eu pensei que seria.
Talvez não tenha talento pra coisa, afinal, ninguém melhor do que eu mesma pra reconhecer as próprias fraquezas, os limites, as privações.
Estou fazendo um Bicho de Sete Cabeças. Que não existe. Nunca existiu.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Nem Jung explica...

Sonhos são complicados. Um emaranhado de símbolos, confusões, metáforas, desejos, medos. Os sonhos me assustam. Seja dormindo, seja acordada, eles sempre me confundem, comprometem os meus sentidos, meu raciocínio lógico.
Não me lembro da última vez que eu sonhei e não fiquei tentando achar um significado pra todas aquelas coisas aparentemente sem nexo algum.
Meus sonhos são menos meu que qualquer outra coisa. Eu não os entendo, não os sinto como meus. Não sou eu vivendo todas aquelas coisas, dizendo tudo aquilo, desejando o que não pode ser. Esses medos, questionamentos, surpresas... não, não, com certeza não são meus.
Sonhar acordado é perda de tempo e energia. Dormindo, é perda de sono. Eu já o tenho tão pouco, e ainda tenho que gastar sonhando?
Hoje está um dia estranho... calmo demais. Certo demais. Tudo muito alinhado, harmônico. Tenho medo de dias assim. Dá até pra ouvir o barulho do vento nas folhas, dos grilos, das formigas trabalhando! Há de vir uma tempestade daquelas por aí. Fato.
Tempestades me deixam excitada, tranqüila, encantada, frenética e... amedrontada.
Mas é sempre muito bom oscilar em dias assim, onde ninguém pode te julgar, nem vão te perceber, por que cada um se esncontra em um estado particular de reflexão e introspecção.
Outros simplismente não estão nem aí pra toda aquela água, aqueles raios, e os trovões.
Na maioria das vezes, todos não estão nem aí pra nada.
E eu ainda me importo com os meus sonhos, sem nexo, sem sentido, um emaranhado de confusões, medos, etc., etc., etc...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Humor!



Queria que hoje fosse só mais um dia, desses em que eu acordo e não encontro nada pra fazer, nada que me dê prazer ou um pouco de alegria. Queria que, ao acordar, eu tivesse a certeza de todos os outros dias de que não vale a pena abrir os olhos, e levantar, e ver o dia.

A luz me incomoda. Essa luz insalubre das manhãs de sol, da claridade do verão, de pessoas rindo e sendo felizes...

Eu queria que hoje fosse só mais um dia. Um dia comum. Um dia em que eu não sentisse a falta de ninguém.

Mas hoje, acordei com essa sensação. Essa coisa estranha que eu não sei bem o que é, como uma borboleta no estômago, um engasgo de choro na garganta...

Hoje, sem querer e sem perceber, acordei sentindo falta de alguma coisa, saudade de alguém que eu nem sei se existe. Será mesmo que essa saudade que eu sinto é de alguém? Parece mais um sentimento frustrado de algo que não vivi, nem sei se quis, ou se o teria se quisesse...

Mais uma vez, estou aqui, falando bobagens, rindo de mim, dessa cara ridícula em frente ao espelho e desse sorriso displiscente que eu não reconheci... mas era meu, era em mim.

Hoje existem mais retiscências do que nunca em minha vida.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Jaula.

Não gosto de regras, de planos, de normas, de restrições.
Odeio que me digam o que eu devo fazer, o que eu devo comer, o que eu devo vestir, o que eu devo dizer, o que eu devo.
Grandes bostas são as normas, as regras, as leis, essas coisinhas limítrofes, inerentes, desnecessárias.
Meu bom senso me manda (e me permite) ir ás favas com tudo isso! Chega!
Pra quê obedecer a tudo isso? Pra quê respeitar? Onde está meu mérito por, até hoje, ter me curvado a tanta hipocrisia? Isso tudo me sufoca, me constrange, me tira o direito de simplismente ser quem eu sou. Definha tudo que corre nas minhas veias, no meu sangue, na minha alma, na minha carne, em mim.
Quando isso tudo, um dia, acabar, o que vai sobrar pra mim? O que vai ficar?
Não quero ter que me contentar com choro, com dor, com mágoa, com ressentimentos, com frustações.
Tenho grande medo de ser frustada. Isso não é nada atraente.
E a única forma que pode ser norma nesse instante é não ter regra nenhuma, não ter norma nenhuma, não ter lei que me impeça, que me restrinja, que me sufoque.
Quanto tempo perdemos respeitando regras, quando temos tanta coisa ainda pra viver...

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

...



Tenho pensado muito em coisas que eu acredito serem importantes pra mim. Acho que fico muito presa a conceitos e ideologias que eu mesma criei, e nem sei porquê criei...

Eu já disse que amo retiscências? Acho que não. Mas amo. É pela questão da continuidade mesmo, do infinito, do 'deixar pra depois'. E eu criei esses conceitos, essas ideologias, essa coisa toda em que acredito e me apego com um certo alicerce nas retiscências. Retiscências da vida, da morte, do sorriso, do choro... de tudo que parece acabar, mas não acaba. Será que não acaba nunca? Eu não sei. Prefiro continuar com elas, sem saber, porque no fundo é melhor não saber.

Fim...

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Hein???

"Nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito.
Pode ser fácil, se você ver o mundo de outro jeito..."






Essa bosta de destino... o meu não tem nada de fabuloso.
Acho que vou mudar o nome do blog.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Má educação.


Não, não tem nada a ver com o filme do meu querido Almodóvar. É sim a velha e má educação dos outros que me incomoda. Eu não tive uma educação modelo, mas desde pequenininha eu aprendi algumas coisas que carrego comigo até hoje. Pedir licença, pedir desculpa, por favor e muito obrigada. Eu pratico esses conceitos até hoje, mesmo com tanta confusão e tanta coisa mais importante que a BOA educação e o respeito pelo outro. E o outro pode ser qualquer pessoa, até mesmo uma ninguém que, sentada ou em pé assistindo a um show, tem a impressão de que é uma parede invisível porque as pessoas simplismente ignoram que ali existe um ser humano. Eu já me indignei, já cansei de me irritar com esse tipo de comportamento. Pra quê indignar-me? Ninguém liga, nem dá importância, podem até rir de mim, dizer que eu sou uma babaca, otária, e sei lá mais o quê. Eu sou esse Dom Quixote sim, que luta por amor as causas perdidas, como a boa e velha educação que a minha mãe me ensinou, assim que eu aprendi a falar. Antes mesmo de aprender a escrever, a ler, eu sabia pedir licença aos corações vazios para poder adentrar; por favor, seja meu amigo?; desculpa se te magoei; e, por último e não menos importante, OBRIGADA por me ouvir!!! É mais difícil quando se está sozinho... mas eu sei que, no fundo, todo mundo pensa um pouco como eu. Talvez. Talvez alguns pensem, mas nem se importem tanto assim... ah, puta que o pariu!!!!!!!!!!

Chega de dizer o que se pensa. Vamos viver o que nos dão pra viver, e pronto.

Meus heróis já morreram mesmo... todos de overdose. Mas nem todas foram por drogas.