domingo, 23 de julho de 2017

Lua Nova, 01/09

Ser lunar é estar minguando e sentir que suas energias estão apenas se renovando, constantemente, num ciclo infinito de altos e baixos.
Estive minguando. E agora sou nova, oculta, obscura...
Não sei bem porquê, mas estive reconsiderando certas convenções sociais, principalmente por causa de uma coisa que aconteceu nesses dias em que estive minguante. Foi um baque perceber o quão desimportante nos tornamos quando se é apenas mais um nome na lista de contatos de alguém.
Uma coisa me incomodou mais do que deveria, e duas frases ecoaram em minha cabeça insistentemente: "Não seja solícita", "Não se importe tanto". E tem como? Tem. É uma questão de exercitar o seu ego, deixar de ser empático, ser menos compreensivo e mais egoísta.
Você não precisa se colocar no lugar do outro, não tem problema, porque o outro provavelmente vai fazer o mesmo sem sequer notar. No automático.
Eu estou cansada das convenções sociais e da necessidade de parecer sociável o tempo todo. Estou cansada da não reciprocidade polida e contínua, displicente e condescendente. Cansada de perdoar o que em mim nunca é perdoado, se por alguma razão cometer tal ato. Vamos seguir sendo um pouco mais por nós mesmos, e menos pelos outros. Vamos seguir fingindo que seu/sua amigo/a não está sofrendo bem diante dos seus olhos, vamos ignorar pedidos de socorro, sutis e/ou desesperados, porque é o que se espera de nós.
É o que temos pra hoje, é o que você precisa começar amanhã.
Aproveite a lua negra, ela vai te ajudar a escolher o que for melhor pra você.

Vamos começar.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Dia 20, uma canção que não vingou

Vidas são superestimadas o tempo todo no mundo. Mas dores são subestimadas o tempo todo nessas vidas... 
Agora, quem estaria celebrando mais um ano de jornada, recebe o outro que também não conseguiu carregar seu cemitério na cabeça. Datas são números, datas são lembranças cheias de significados.
Dia do amigo, não consegui achar graça dessa ironia ainda.
Hoje eu acordei estranha, tão estranha que passei o dia na cama, tomei café ao meio-dia e nem me preocupei com o fato de dali há 1 hora ter que me preparar pra sair de casa.
"Faltar uma aula não vai me matar", foi o que pensei. Mas foi o que me matou, quando em casa e totalmente inerte em minha cama recebi uma mensagem de um amigo que compartilha de um gosto musical muito parecido com o meu.
Não sei se foi pior saber assim, por ele, ou de repente olhar as redes sociais de novo e ver de novo uma notícia triste, que me estragou o dia. Uns lamentando, outros chacoteando, a maioria crédula do fato e uns poucos incrédulos... Aqueles que, como eu, fez de uma música sua, seu hino, seu manifesto pessoal. 
Sem palavras, eu não quero acreditar nessa ironia, não quero acreditar.
Essa sombra nos ronda.
"Não subestime a sua dor."

Happy birthday, Chris. Rest in peace, Chester.






Silêncios são ensurdecedores.