sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ai, ai...

Um dia frio...
Um bom lugar pra ler um livro, e eu estudando pro seminário de Comportamento do Consumidor.
Ossos do ofício.
Ainda bem que é o último! E aí... que venham as provas finais. As duas, apenas.
No mais, é aquilo mesmo, não muda nada.
Só o tempo, que é instável, indeciso, e ataca minha renite.

sábado, 21 de junho de 2008

Yule



Esse é o Solstício de Inverno, a noite mais longa do Ano. A partir desse dia, o Sol se aproxima da Terra, e a escuridão do inverno ameaça ir embora. É quando a Deusa dá à luz seu novo filho, o Deus renovado e forte, ainda bebê. É importante notar que no hemisfério norte o Yule é comemorado na mesma época do Natal, e que tem significado muito parecido com o feriado cristão: o nascimento do Deus menino, filho de um Deus maior, aquele que trará a esperança à Terra. O hábito de trazer pinheiros para dentro de casa é um hábito totalmente pagão: o Pinheiro, o azevinho, e tantas outras árvores tão utilizadas no Natal são árvores cujas as folhas perenes e sempre verdes, e por isso simbolizam a continuação da vida. Os sinos são símbolos femininos de fertilidade, e anunciam os espíritos que possam estar presentes. É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à Luz o deus, que é reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós e renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época no altar. Se quiser, pode fazer uma árvore enfeitada, pois esta é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa própria luz interior.






quinta-feira, 19 de junho de 2008

Bandeira.

Eu não quero ver você cuspindo ódio.
Eu não quero ver você fumando ópio, pra sarar a dor.
Eu não quero ver você chorar veneno.
Não quero beber o teu café pequeno.
Eu não quero isso, seja lá o que isso for.
Eu não quero aquele, eu não quero aquilo.
Peixe na boca do crocodilo.
Braço da Vênus de Milo acenando tchau.
Não quero medir a altura do tombo.
Nem passar agosto esperando setembro, se bem me lembro.
O melhor futuro este hoje escuro.
O maior desejo da boca é o beijo.
Eu não quero ter o tejo escolhendo das mãos.
Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo.
Quero tudo ter, estrela, flor, estilo.
Tua língua em meu mamilo água e sal.
Nada tenho vez em quando tudo.
Tudo quero mais ou menos quanto.
Vida, vida, noves fora, zero.
Quero viver, quero ouvir, quero ver.
(Se é assim quero sim, acho que eu vim pra te ver.)

(Zeca Baleiro)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Nenhuma légua submarina.





Quando eu vejo o mar sinto uma angústia...
Não sei, acho que é a sensação de insignificância de ver aquela imensidão toda se estendendo além de mim. E o medo de ser engolida por ela.
Mas a angústia em si é mais pelo simples fato de não saber onde termina toda aquela água, toda aquela vida... o mar pra mim tem uma sinonímia com imenso. Tudo é imenso, extenso, profundo, turbulento.
E claro. Claro como a alma, como o céu, como um cristal.
O mar é como um grande cristal líquido, nunca antes lapidado, mas que assume diversas formas e se transforma na jóia que quiser.
Eu bem sinto é inveja dele...
Queria sim, ser engolida pela grande garganta, de águas quentes, sensações geladas, extensas turbulências.
Só porque sou absoluta e inconscientemente apaixonada por ele.
Por seu corpo claro, de dia verde, ás vezes azul; à noite negro, denso, aterrorizador. E belo, sempre belo.
Talvez sua imensidão me chame, como um abismo chama o corpo que o observa, que o olha de cima. É como se ele gritasse o meu nome e eu não pudesse resistir ao seu chamado e me rendesse...
Estou no fundo agora; congelando, caindo, afundando. Percebo que já está me faltando o ar, minhas pernas já não respondem, e como um peixe numa rede me debato inutilmente, tentando por mais uma vez encontrar a superfície...
Então já é tarde. Não vou mais retornar à terra. O mar, gigante e cobiçoso pelas almas que angustia, já me prendeu na sua rede.
E ninguém mais vai gritar meu nome.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Mutante como as estações, é assim que eu sou.
Mutante como a Lua, assim sou eu.
Um grande mar de instabilidade, incertezas, inconstâncias... mas absolutamente humana e mulher.
E qual a beleza de ser mulher se eu não puder ser uma explosão de surpresas e imprevisibilidade?
Em minha modesta opinião, nenhuma.
Sou o que sou por acreditar que ter convicção é muito bom, mas mudar de idéia é um prazer inenarrável.
Deixo as críticas para quem as convém. A mim pouco interessa falar o que não me diz respeito, o que não me condiz, por que é de mim, e apenas de mim, que sei falar.
Sem nenhuma imparcialidade, neutralidade e unilateralidade. Sobre mim sei quase tudo, o "tudo" que eu preciso saber para ahar que me conheço bem.
Só mesmo eu sou capaz de me ver do jeito que ninguém mais me vê, de ser como os outros nunca imaginarão que eu seja.
De viver assim, auto-suficinte o bastante pra não me preocupar com o que os outros pensam.
Eles não precisam saber nada sobre mim, pensar nada sobre mim; eu sim.
Convicções: tenho muitas, apenas para ter o prazer de revogá-las, contradizê-las quando quiser.
E porque já estamos no 10° dia do mês, e tudo foi passando tão rápido que eu nem tive tempo de assimilar e muito menos escrever, estou aqui pra - talvez - me contradizer mais uma vez. Convicta.
Hoje as palavras são poucas.
Os sentimentos, estes ainda são muitos, enchendo meu vazio agudo, que anda meio cheio de tudo.
(citando Paulo Leminsky.)