sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quanto mais penso no futuro, mais certeza tenho de que o passado é um lugar seguro.
Minha capacidade de ficar sozinha por muito tempo me torna cada vez mais distante de mim, e das pessoas que eu amo. Quanto mais tempo passo comigo, mais me afasto de mim.
Não é individualismo, nem egoísmo, é uma condição do espírito. Uma exclusão necessária das coisas e das pessoas que eu dependo, pelo menos por um tempo.
Não tenho a força de uma grande mulher, e não sei o que quero de verdade.
E tenho medo de ficar só.

E tenho cada vez mais certeza de que eu sou um paradoxo... irônico, sarcástico, estranho.
Um paradoxo infeliz.

"Eu tenho medo de cobras,
Já tive medo do escuro...
Tenho medo de te perder."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fix You*

Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Preso ao contrário.

Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.
Quando você perde algo que não pode substituir.
Quando você ama alguém, mas acaba desgastando.
Pode ser pior?

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu tentarei te consertar

Bem no alto ou bem no fundo.
Quando você estiver tão apaixonada para deixá-lo ir.
Se você nunca tentar, nunca vai saber
O quanto você vale.

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar

Lágrimas rolam no seu rosto
Quando você perde algo que não pode repor
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...
Lágrimas rolam pelo seu rosto
Eu te prometo que vou aprender com meus erros
Lágrimas rolam pelo seu rosto
E eu...

Luzes vão te guiar até em casa
E aquecer teus ossos
E eu vou tentar te consertar


*Eu penso nessa música há dias, e pensei nela essa madrugada toda. Vi e revi o vídeo milhões de vezes, chorei, cantei junto. Pensei em colocar a letra em inglês, mas quando eu ouço essa música, quando eu "vejo" ela, todas as coisas que ela me faz sentir, todas as sensações que ela me transmite, tudo que ela significa de fato me fazem perceber como é simples, fácil e absolutamente lindo amar alguém assim. Ponto para o Chris Martin.
Ah, e eu não estou apaixonada.
Ainda.
:)


O link do vídeo:





[Fix You - Coldplay]

sábado, 23 de maio de 2009

Da série: EU ODEIO

Odeio promessas, odeio quem as faz, odeio acreditar nelas.
Não tenho mais dez anos pra ficar esperando que elas se cumpram, nem doze anos pra ficar decepcionada uns dias e depois esquecê-las.
Eu odeio promessas porque eu sei que elas são apenas mentiras cheias de floreios.
Elas vêm acompanhadas de olhos brilhantes, lábios doces, sorrisos sarcásticos.
Odeio promessas por criarem em mim expectativas, e eu odeio expectativas.
Odeio acreditar nas pessoas; elas sempre me decepcionam.
Dessa vez não acreditei nas promessas que me foram feitas, e mesmo assim me senti iludida.
Mais uma vez a imbecil foi enganada.
E mereceu, por se revelar demais.
Não acredite em promessas, são só mentiras disfarçadas de sinceridade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O vômito, o pânico.


O meu silêncio não tem nada de inocente.
Perdi o direito de sentir culpa por tudo.
Não vale a pena ter desejos...
No final, do que resta, ficam só os segredos.
Cada vez mais curto vai ficando o dia.
Enquanto isso, aqui na Terra, as pessoas se olham sem se verem.
O som que Deus criou são apenas as batidas descompassadas do meu
corazón roto.


Que demodée, estou completamente por fora.

sábado, 9 de maio de 2009

Prece

Me corrija, me esconda, me deduza, me desculpe.
Não deixe que eu perceba, ela vem tão lenta e sorrateira...
Estou perdendo minha sanidade.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Immerse your soul in love...

Meu mantra, por todo o sempre.

Os Dois Anciãos

Sentado no limiar dos dias, dois anciãos aguardavam a visita da morte. Seu tempo estava se esgotando. Ambos haviam nascido na mesma terra, no mesmo ano e em famílias com idêntica condição social. O primeiro, concluída sua preparação para a vida, escolheu uma companheira. E foi pai de uma grande prole. Seus netos também contavam-se nos dedos de várias mãos. Sua propriedade e seu patrimônio foram crescendo a partir do zero. E conquanto a ruína e a calamidade tenham assolado sua casa por diversas ocasiões, aquele homem sempre soubera levantar-se. E embora a sombra da dúvida freqüentemente invadisse seu coração, o primeiro dos anciãos procurou a verdade muitas vezes. Mas jamais teve consciência de havê-la encontrado e muito menos de havê-la possuído. O primeiro ancião chegou à praia da vida com a alma fatigada. Arrasada de tanto cair e pôr-se de pé. Desalentada após os esforços empreendidos com os problemas. Sem saber ao certo se sua vida fora um êxito ou um fracasso. Curvado sob o peso de tudo que desejara aprender e não pelo que já conhecia. Decepcionado, em resumo, porque jamais tivera a Verdade ao alcance de suas mãos. O segundo ancião ao contrário, teve uma vida tranqüila. Jamais chegou a concluir seus estudos. Mas tampouco preocupou-se especialmente com isto, e deixou-se levar pela inércia da vida. Viveu primeiro dos bens dos pais e, por último dos bens de seus irmãos e amigos. Viveu sozinho. Não aceitou a responsabilidade de uma família nem quis enfrentar os problemas de quem tem filhos. Não quis correr riscos. Tampouco jamais foi visto na linha de frente da aventura ou dos negócios. Sua vida acabou reduzindo-se ao círculo de seus próprios pensamentos e costumes, ambos tão limitados quanto corretos. E também ele chegou ao fim do caminho, sem cansaço nem melancolia. Sem dúvidas especiais. Sem frio nem calor, sem problemas... Chegando o momento, apresentou-se diante de ambos a face sem traços da morte. O Anjo da morte envolveu o primeiro ancião e convidou-o a entrar na grande nau, já pronta para uma nova viagem. Com o segundo ancião foi diferente, ele foi repelido pelo Anjo.Quando este lhe perguntou o motivo, o mensageiro da luz respondeu: "Para solucionar os problemas do outro lado, é preciso haver aprendido primeiro a resolver os deste". Talvez a evolução pessoal não dependa exclusivamente do passar dos anos...

- J. J. Benitez -(Texto extraído do "Livro dos Sonhos" – do pesquisador e escritor espanhol J. J. Benitez - Editora Record).

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Todo mundo é Deus.


"Passo a língua pelos lábios, sinto o gosto do sal e do sangue; um gosto insalubre, nem doce nem cítrico... agridoce. Uma incerteza passeia em minha mente: "é este o gosto que sentimos ao nascer? Ou será o gosto da morte?"
Muito tempo se passa até que eu sinta os membros inferiores formigarem, sinto a textura da areia, os grão caminham desgovernados sobre minha pele.
Não sei o que é razão ou o que é sentido: tudo faz parte do sonho, que outrora permeara meu sono e minhas alucinações. Me faço acordar, a água já sufocando-me, à adentrar minhas narinas..."





Isso bem poderia ser um pesadelo, ou parte da poesia por vezes dramática do Sr. Edgar Alan Poe. Mas não o é. São minhas estas palavras, é meu este desespero, é mesmo tudo parte de um sonho indesejado e inoportuno.
O mar, por muitas vezes, fora o cenário dos meus piores pesadelos; agora é a praia. O mar e seus comparsas: as ondas, o sal, a areia.
Permita-me, Deus, não mais sonhar com o que tanto temo. Pois, das coisas que eu deveria saber, sei que o que estar por vir, o que quer que seja, virá pelas águas revoltas do mar.
À ponta do abismo, os rochedos apanham; a ressaca não há de passar tão cedo.
Ele me olha de volta, me chama... fecho os olhos.
Ainda não é hora de me entregar.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

SAMHAIN


Samhaim (pronuncia-se "sou-en"), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita, é o festival em que se comemora a passagem do ano dos celtas. Marca o fim do ano velho e o começo do ano novo. O Samhain inicia o inverno, uma das duas estações do ano dos celta; o início da outra estação, o verão, é celebrado no festival de Beltane. Este festival, Samhain, era chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim é a época em que acredita-se que as almas dos mortos retornam a casa para visitar os familiares, e para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira. Alguns autores acham que não existe nenhuma evidência que relacione o Samahin com o culto dos mortos e que esta crença se popularizou no século XIX. Segundo o relato das antigas sagas, o Samhain era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo. Era também a época em que o Sídhe deixava antever o outro mundo. O fé-fiada, o nevoeiro mágico que deixava as pessoas invisíveis, dispersava no Samhain e os elfos podiam ser vistos pelos humanos. A fronteira entre o Outro Mundo e o mundo real desaparecia.
O poder de magia pode ser sentido no ar, nessa noite. O Outro Mundo se coaduna com o nosso conforme a luz do Sol baixa e o crepúsculo chega. Os espíritos daqueles que já partiram para o outro plano são mais acessíveis durante a noite de Samhain.
Samhain ocorre no pico do Outono. É o tempo do ano em que o frio cresce e a morte vaga pela Terra. O Sol está enfraquecendo cada vez mais rapidamente, a sombra cresce e as folhas das árvores estão caindo, numa preparação ao Inverno que chegará. Essa é a última colheita, o tempo em que os antigos povos da Europa sacrificavam seus gados e preservavam sua carne para o Inverno, pois esses animais não podiam sobreviver em grande escala nesse período do ano devido ao frio vindouro. Só uma pequena parte, os mais viris e fortes, era mantida para o ano seguinte.

Samhain é a noite em que o Velho Rei morre e a Deusa Anciã lamenta sua ausência nas próximas seis semanas. O Sol está em seu ponto mais baixo no horizonte, de acordo com as medições feitas através das antigas pedras da Britânia e da Irlanda, razão pela qual os Celtas escolheram esse Sabbat, em vez de Yule, para representar o Ano-Novo. Para os Antigos Celtas, esse dia sagrado dividida o ano em duas estações, Inverno e Verão. Samhain era o dia no qual começavam o Ano-Novo celta e o Inverno, por isso era um tempo ideal para términos e começos.

O Deus finalmente morre, mas sua alma vive na criança não-nascida, a centelha de vida no ventre da Deusa. Isto simboliza a morte das plantas e a hibernação dos animais, o Deus torna-se então o Senhor da Morte e das Sombras.
Samhain é um festival do fogo e é a entrada para a parte sombria e fria da Roda do Ano. É em Samhain que as fogueiras são acesas para que os espíritos do outro mundo possam encontrar os caminhos para partirem ao Outro Mundo (País de Verão).

Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa. (O nome Samhain significa "Final do Verão"). A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1o de novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer naquele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samhain. Pensava-se que alguns fantasmas tinham natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos. Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes. Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificiais. Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.

Mais uma vez me preparo pra encerrar o que não pude completar, e começar um novo caminho. Tudo o que era velho se foi, é passado, morre com o Deus-Sol retornando ao País do Verão. Me preparo para o que há de vir: aqui começo mais um Ano Sabático, minha nova jornada, meus passos de iniciante. Que seja o ano próspero, que as sementes plantadas agora sejam fecundadas, que dêem frutos viçosos mais à frente. Não há razão para desistir; eis aqui uma nova chance, um novo começo.
Que queime o que eu não mais preciso; que vingue o que eu agora desejar.
"Feliz encontro, feliz partida, feliz encontro outra vez."
O Círculo está aberto, mas não está rompido.
Feliz Ano Novo, feliz Samhain.