terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Humor!



Queria que hoje fosse só mais um dia, desses em que eu acordo e não encontro nada pra fazer, nada que me dê prazer ou um pouco de alegria. Queria que, ao acordar, eu tivesse a certeza de todos os outros dias de que não vale a pena abrir os olhos, e levantar, e ver o dia.

A luz me incomoda. Essa luz insalubre das manhãs de sol, da claridade do verão, de pessoas rindo e sendo felizes...

Eu queria que hoje fosse só mais um dia. Um dia comum. Um dia em que eu não sentisse a falta de ninguém.

Mas hoje, acordei com essa sensação. Essa coisa estranha que eu não sei bem o que é, como uma borboleta no estômago, um engasgo de choro na garganta...

Hoje, sem querer e sem perceber, acordei sentindo falta de alguma coisa, saudade de alguém que eu nem sei se existe. Será mesmo que essa saudade que eu sinto é de alguém? Parece mais um sentimento frustrado de algo que não vivi, nem sei se quis, ou se o teria se quisesse...

Mais uma vez, estou aqui, falando bobagens, rindo de mim, dessa cara ridícula em frente ao espelho e desse sorriso displiscente que eu não reconheci... mas era meu, era em mim.

Hoje existem mais retiscências do que nunca em minha vida.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Jaula.

Não gosto de regras, de planos, de normas, de restrições.
Odeio que me digam o que eu devo fazer, o que eu devo comer, o que eu devo vestir, o que eu devo dizer, o que eu devo.
Grandes bostas são as normas, as regras, as leis, essas coisinhas limítrofes, inerentes, desnecessárias.
Meu bom senso me manda (e me permite) ir ás favas com tudo isso! Chega!
Pra quê obedecer a tudo isso? Pra quê respeitar? Onde está meu mérito por, até hoje, ter me curvado a tanta hipocrisia? Isso tudo me sufoca, me constrange, me tira o direito de simplismente ser quem eu sou. Definha tudo que corre nas minhas veias, no meu sangue, na minha alma, na minha carne, em mim.
Quando isso tudo, um dia, acabar, o que vai sobrar pra mim? O que vai ficar?
Não quero ter que me contentar com choro, com dor, com mágoa, com ressentimentos, com frustações.
Tenho grande medo de ser frustada. Isso não é nada atraente.
E a única forma que pode ser norma nesse instante é não ter regra nenhuma, não ter norma nenhuma, não ter lei que me impeça, que me restrinja, que me sufoque.
Quanto tempo perdemos respeitando regras, quando temos tanta coisa ainda pra viver...