quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Transição.


De vez em quando eu abro os olhos no escuro, pra ver se enxergo alguns contornos desconhecidos que em breve irão se tornar familiares. Fiz isso poucas vezes durante essa jornada incerta que eu chamo de vida, e hoje, sem querer, abri os olhos no escuro outra vez.
Quando a luz apagou e a escuridão veio, eu estava cega de medo. Cerrei os olhos com tanta força que chegaram a doer, e a certeza de que minha memória falharia era angustiante.
Fui tentando abrir os olhos, devagar, pálpebras trêmulas, ainda sem muita confiança. Ainda doeram, com toda aquela escuridão que eu não reconhecia fora de mim.
Durou poucos segundos; os primeiros contornos começaram a surgir devagar, as formas, as coisas ganhando essência, personalidade, tato. Foi aí que uma luz muito intensa interrompeu esse reconhecimento, tudo ficou claro, muito claro de repente, e então meus olhos voltaram a doer com toda aquela luz.
Não sei se faz sentido pra você, mas é como eu associo as mudanças nessa minha existência, nesse mundo não permitido que é o meu, que sou eu, meu lugar de ser só.
É como agora enxergo essa possível mudança de universo acadêmico que está prestes a acontecer. Você deve se perguntar: 'E por quê mudar agora?'
Te respondo: porque eu mudei. Não foi por querer mudar, mas eu mudei. Algumas chegadas e partidas desconstruíram meu estado sólido, e hoje sou éter, e tão logo em estado de condensação, serei líquida.
Que o tempo me faça enxergar quando encontrar meu caminho. Que o tempo permita o meu reencontro com quem eu deveria ser.
E que seja leve.



sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

O Fotolog e o pedaço da vida que desapareceu.

Confirmei hoje algo de que já suspeitava há um tempo: o site de compartilhamento de fotos, o Fotolog, está definitivamente offline. Encerrou suas atividades. Desapareceu com minha vida, com milhares de fotos, de histórias, de relatos...
Muito mais do que fotos foi compartilhado nesse site, e eles sumiram com tudo.
Me sentindo como alguém que perdeu parte da memória, de maneira irreversível, e que com isso perde também uma parte importante da sua jornada de vida.
Não deveria estar assim, foi só um site que deixou de existir... Mas levou com ele boa parte de uma vida que existiu. Que ainda existe.

Triste. Agora mais do que nunca, sozinha.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Eu odeio ano novo.

Nunca tive um primeiro dia do ano tão negativo ao ponto de saber que o resto dos dias serão ainda piores.
Sinceramente, não deveria ser uma festa social. Deveria ser um momento pra você estar apenas ao lado de quem gosta, somente, e refletir sobre o que fez de errado no ano anterior pra não repetir no ano que se inicia.
Mas sempre tem alguém pra estragar o ano novo de alguém... Assim que é.
O meu tá mais do que estragado. Tá uma merda. Não consigo dormir e tô com crise respiratória.

Enfim, bem vindo, 2016. Chegue e não repare a bagunça, por que ela vai permanecer aí até o seu dia de ir embora.