sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

*Para ele.

Ele não sabe. Nem sonha em saber. Eu não contei pra ele.
Perco o chão toda vez que ele está por perto, só de sentir o seu cheiro, de ouvir sua voz, vê-lo de longe...
Me dá arrepio quando vem em minha direção, e fala comigo, aperta minha mão, me beija no rosto. Frio na barriga. Pânico. E ainda não sei como ele não sabe...
Se sorri, desoriento; se fala sério, passando a mão pela cabeça, fico ansiosa.
Me perco, todos os sentidos voltados pra ele, pra onde ele está. E ele não sabe! Nem desconfia!
Como pode?
Ou é distraído, ou muito bobo pra não saber. Bobo eu sei que não, mas essa distração me causa arritmia.
Quando dança, ou cantarola qualquer canção, quando faz aquela cara engraçada... não é possível, só pode ser pra me provocar.
E tantas horas... quantas horas eu perco vigiando seus passos? Quantas eu ganho vendo seus olhos brilharem? Duas amêndoas doces...
Mas ele não sabe, nem sonha em saber. Não sabe.
E eu, talvez por burrice, talvez por egoísmo, talvez apenas por insegurança, não ouso contar-lhe.
Um dia eu digo, um dia eu conto.
Agora me falta a luz.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Entre o longe e o distante...


"Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o teu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurre em meu ouvido
Só o que me interessa
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa"

[Lenine - É o que me interessa.]


Bendita segunda-feira.
E mais um turbilhão de confusão.
Porque eu só gosto do que é impossível, e dessa vez não é .
E eu estou com medo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Meu sonho confuso.

Nem tão confuso assim. Eu é que complico tudo.

Sonhar dessa vez foi tão bom! E ruim ao mesmo tempo. Por que não era verdade? Por que eu acordei?

Nem sonhando eu imaginaria tanto, estar tão perto, ficar tão perto, beijar tão demorado... e aninhar em meu colo, ouvir contar suas histórias, e fazer cafuné, ficar abraçada sem dizer nada, e olhar e sorrir, adimirando só.

A voz era perfeita, o cheiro, a textura da pele, a música que ouvia na hora, tudo... o clima, o dia, as pessoas transitando pela casa. E eu me perguntava o tempo todo: "´Será que estou sonhando?", e ele dizia "Não é sonho, sua boba, eu tô aqui!" e sorria, feito menino serelepe quando faz alguma traquinagem.

E eu estava realmente boba, olhava deslumbrada, e pensava alto "Isso só pode ser sonho, só pode ser!".

Uma boba. Estava tudo tão perfeito e eu preocupada se era sonho ou realidade.

E depois o beijo... tão estranho no começo, depois foi se encaixando como se sempre o tivera beijado. E eu comecei a ficar perdida, ouvia vozes demais na casa, as coisas foram perdendo a forma, o rosto à minha frente foi se desfazendo... acordei.

E não quis acreditar que tudo fora um sonho.

Porquê? Será que eu não mereço?

Odeio essa impotência, odeio não ter o controle dos meus desejos, dos meus pensamentos.

Lá vem ele de novo, o maravilhoso carrossel de ilusões!

E tudo porque eu não sei dizer se quero que o sonho vire realidade, ou se quero apenas sonho, ou apenas realidade.

Tavez eu não queira nada agora.

Tempo de fugir outra vez, me esconder, te abandonar.










segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

"Meu mundo caiu...

... e me fez ficar assim..."
Ah, o fim-de-semana! Tanta coisa aconteceu, tanta gente passou por ele... foi muito, muito, bom!
Agitado como há tempos não estivera. Enfim, foi o suficiente pra me fazer perceber como a vida é boa!! Muito boa, por sinal.

Nós realizamos (finalmente!) o amigo secreto da Saca/Cangaceiros da Alegria, e foi impagável. Até Mila esteve entre nós! E pelo visto todos ficaram satisfeitos com seus respectivos presentes.
Sem falar no virote, no macarrão de Tay, na 'testa', no 'eu nunca', no 'abc musical', no 'fui ao sexshop', entre outras coisas que não me lembro, porque cachaça demais apaga umas coisas da nossa memória...
No geral foi tudo bem, e muito mais que divertido, afinal somos os Cangaceiros da Alegria, né?

No domingo, após poucas horas de sono, fui pro show da Malefactor, Minus Blindness e Sepultura. Um baita calor, um solzão, depois chuva, eu e Raíssa, começos, e términos, paquerinhas, nananãs... batemos cabeças, bebemos, demos risadas, olhadas, ignoradas... e tudo terminou bem.
Casa, cansaço, acarajé, sono, Lost, filme, Sobrenatural, cochilo, e enfim, descanso e sonhos...
Acontece que hoje é segunda, meu pescoço dói, meu joelho também, meus pés tem calos (maldita bota), e minha TPM começou!!!
Como eu sei?
Não sei.

Bah, só de uma coisa eu não gostei: ainda estou sem agenda!!!




P.S.: a trilha sonora do fim de semana:
1- Paulinha canta Maysa, em 'Meu mundo caiu';
2- Mulheres sacanas cantam Sílvia Machete em: 'Toda bêbada canta' (nada sugestiva);
3- Los Hermanos, Zeca Baleiro, mixtapes diversas (que ninguém prestou muita atenção);
4- O bom e velho metal 'bate-cabeça'.

E como diria Lord Vlad... stay evil!!! \,,/

sábado, 10 de janeiro de 2009

Primeiro de mais nenhum.


O que é que eu vou dizer?
Não aprendi a dizer o que quero, assim, com convicção.
Mais certeza tenho das coisas que não quero. Delas, sei me desfazer muito bem, e rapidamente.
E agora vem você e me faz querer tanta coisa...
Tanto que já não sei o que quero, nem como dizer que quero, nem se quero.
Confusão. Eis o que você [talvez sem querer] instaurou em mim.
Pra mim é fácil, estado natural da minha alma, da minha cabeça... as minhas idéias são naturalmente confusas.
Andei pensando tanta coisa, tanto tinha pra escrever, e agora...
Eu devo estar ficando louca.
Não, eu devo estar ficando absolutamente louca, parcialmente eu já era, sei disso.
Assim começa o ano, os meus dias, este post.
O primeiro de dois mil e nove.
Será, meu deus, que estou ficando senil?
Tomara não.