quarta-feira, 26 de março de 2008

O mais difícil.

Ando um pouco sem paciência pra escrever.
Tenho tido muita coisa pra estudar, e ler, e fazer, que nem tenho me dado ao trabalho de atualizar essa joça que ninguém lê, além de mim mesma. Confesso que também por outros motivos, como não ter exatamente o que escrever, tenho me dado ao luxo de não me preocupar com meu blog.
Ainda ontem estava me perguntando: "Pra quê você criou um blog se você nunca escreve?" Mas é isso, eu mesma me responderei: é pela necessidade insana e masoquista de, de vez em quando, espiar minhas asneiras como se não fossem minhas. Na verdade, acredito que não sou eu mesma quem escreve, pelo menos não conscientemente. Sempre evitei deixar registrado toda e qualquer coisa que denunciasse essas minhas divagações.
Meu grande e maior defeito é não saber sobre o que vou escrever quando me predisponho a isso. É estranho, porque eu até que falo bem, leio bem, tenho um raciocínio lógico que não deixa a desejar (não, na verdade ele deixa a desejar sim), mas quando é pra escrever... putz!, parece que eu não sei nada!
Eu tinha a intenção, quando fiz o blog, de pôr aqui um pouco de tudo o que eu penso, de tudo o que eu sinto, até mesmo algumas coisas importantes que tenham se destacado na minha vida, mas até agora eu não vejo nada aqui que faça sentindo, nada que corresponda ao que eu pensei que seria.
Talvez não tenha talento pra coisa, afinal, ninguém melhor do que eu mesma pra reconhecer as próprias fraquezas, os limites, as privações.
Estou fazendo um Bicho de Sete Cabeças. Que não existe. Nunca existiu.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Nem Jung explica...

Sonhos são complicados. Um emaranhado de símbolos, confusões, metáforas, desejos, medos. Os sonhos me assustam. Seja dormindo, seja acordada, eles sempre me confundem, comprometem os meus sentidos, meu raciocínio lógico.
Não me lembro da última vez que eu sonhei e não fiquei tentando achar um significado pra todas aquelas coisas aparentemente sem nexo algum.
Meus sonhos são menos meu que qualquer outra coisa. Eu não os entendo, não os sinto como meus. Não sou eu vivendo todas aquelas coisas, dizendo tudo aquilo, desejando o que não pode ser. Esses medos, questionamentos, surpresas... não, não, com certeza não são meus.
Sonhar acordado é perda de tempo e energia. Dormindo, é perda de sono. Eu já o tenho tão pouco, e ainda tenho que gastar sonhando?
Hoje está um dia estranho... calmo demais. Certo demais. Tudo muito alinhado, harmônico. Tenho medo de dias assim. Dá até pra ouvir o barulho do vento nas folhas, dos grilos, das formigas trabalhando! Há de vir uma tempestade daquelas por aí. Fato.
Tempestades me deixam excitada, tranqüila, encantada, frenética e... amedrontada.
Mas é sempre muito bom oscilar em dias assim, onde ninguém pode te julgar, nem vão te perceber, por que cada um se esncontra em um estado particular de reflexão e introspecção.
Outros simplismente não estão nem aí pra toda aquela água, aqueles raios, e os trovões.
Na maioria das vezes, todos não estão nem aí pra nada.
E eu ainda me importo com os meus sonhos, sem nexo, sem sentido, um emaranhado de confusões, medos, etc., etc., etc...