quinta-feira, 17 de março de 2011

"O sonho chega como a expressão de um involuntário processo psíquico inconsciente, além do controle da mente consciente. Mostra a verdade interior e a realidade do paciente como efetivamente ela é: não como eu conjecturo que seja e não como ele gostaria que fosse, mas como é." 

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"O sonho é uma porta estreita, dissimulada no que tem a alma de mais obscuro e de mais íntimo; abre-se sobre a noite original e cósmica que pré formava a alma muito antes da existência da consciência do eu e que a perpetuará até muito além do que possa alcançar a consciência individual."

 Carl Gustav Jung


Hoje tive sonhos nada agradáveis. Perturbadores, eu diria. E nem Jung conseguiu me ajudar a encontrar um significado pra tudo. Mas, apesar de tudo, eu soube que uma coisa está definitivamente resolvida pra mim, em mim. Um problema simbolicamente resolvido. Um peso a menos na minha alma já cansada de tantas coisas mal-resolvidas...
Que o vento leve o que eu não preciso.
Que a Lua Cheia traga o que preciso e desejo.

Que assim seja e assim se faça.
Que assim seja e assim se faça.
Que assim seja e assim se faça.

sábado, 12 de março de 2011

Faca.

Muito tempo que não escrevo, que não me revelo em palavras cuidadosamente pensadas e sentidas.
Porque cada palavra que aqui ponho é sentida à fio, no mais íntimo de sua semântica.
E há tempos atrás elas só revelavam dor, mágoa e saudade.
Revelavam um amor que julguei maior que eu mesma, que essa insossa e descartável persona que me representa.
Então vejo que agora tenho coisas melhores, amores maiores, até outros sentimentos que valem muito mais a pena, que merecem muito mais um encaixe nessas linhas...
Hoje volto pra falar que descobri: a vida tem outra cor e outro tom;
tem várias notas dissonantes, mas harmônicas, que já embalam uma dança contagiante, bem melhor que só aquela nota chata e melancólica do amor que achei ser maior que eu.
Aquela nota virou fumaça, e como fumaça se desfez e dissipou-se, e eu não consigo mais ver. Ainda é neblina, mas tão logo amanheça ela se descondensa e pra sempre desaparece.
Assim, tenho tratado de não me perder nessa névoa, pois já consigo enxergar as luzes piscando através dela, me mostrando o novo caminho.



E ao meu passo lento vou dando o ritmo do meu coração.