segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A vida e a arte do desencontro.

Única coisa que não sei fazer ainda desde que aprendi a falar é dizer às pessoas o quanto eu as amo.
Não sei falar do que sinto, não sei expressar em palavras um turbilhão de sentimentos que acumulo dentro de mim.
Sinto essa necessidade enorme de ser mais racional do que emocional e acabo perdendo a habilidade de presentear as pessoas da minha vida com um simples 'eu te amo'.
De qualquer forma, tenho a impressão de que elas sabem o que sinto por elas. É o meu jeito, e sei que elas respeitam esse meu não - dizer. 
Mas um medo de perder mais alguém e não ter dito o que sinto me  apavora. 
Quero que saibam que muito do que não verbalizei, escrevi aqui. Escrevi e escrevo em cadernos, em rascunhos soltos, na minha agenda-diário, nos cadernos que nunca uso para os fins destinados.
Eu não sei dizer em voz, só sei dizer em letras.
Espero que saibam: eu os amo.  



Tão eu, assim, assino.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Sobre Beltane/Dia dos Mortos.

*31/10 foi comemorado o Beltane aqui no hemisfério Sul, um dos 4 grandes Sabbath da roda céltica (Antiga Religião). 
É celebrado o casamento entre os polos masculino e feminino do Cosmo, "a grande energia do Universo". Marca o início do Verão. Percebe-se uma atmosfera de fertilidade, criação, união, equilíbrio, é celebrado com muita alegria, danças e calor representado por fogueiras.

*02/11 é celebrado o dia dos mortos pelo calendário sazonal. Saudamos os entes queridos desencarnados, e esse ano foi marcado pela partida de alguns entes próximos e outros não diretamente ligados à minha genealogia. Tem-se o hábito de acendermos velas, pedindo luz e que seus espíritos encontrem paz. 

Nessa madrugada tives muitos sonhos, mas um se sobrepôs aos outros, talvez até mais importantes.
No sonho em destaque, eu me preparava para me casar. Era uma preparação totalmente sem entusiasmo, como se fosse me sacrificar para um bem maior, não aparentava a habitual ansiedade e alegria comuns às noivas. Não tinha convidados, e apenas alguns amigos e familiares apareciam no local da cerimônia. Não reconhecia os presentes, os convidados do noivo e muito menos o noivo. 
Reclamava o tempo todo por quê o vestido era branco e não preto, mal humorada e ranzinza, não sorria. E tentava conseguir o consentimento de uma senhora, uma sacerdotisa, que não era a minha mãe (que se recusou a ir, indignada por que casaria "daquela maneira"). Ela apenas dizia:
 - É com esse homem que você terá que casar.Não se trata de amor, se trata de compromisso. Você aceitou.
 E durante a festa eu procurava alguém que eu conhecesse, pra me sentir confortável, mas estava sozinha rodeada de estranhos que me faziam todo tipo de pergunta. E eu demonstrava muita impaciência, mas apenas sorria e fingia concordar com tudo.

Pesquisando sobre o que esse sonho poderia significar, encontrei uma descrição que poderia se enquadrar no meu caso:

Sonhando que está planejando um casamento com alguém que você nunca conheceu é uma metáfora que simboliza a união de seu lado feminino e masculino. Ele representa uma fase de transição em que você está procurando algum tipo de equilíbrio entre seu lado agressivo e o lado emocional. O sonho também pode indicar que dois aspectos anteriormente conflitantes estão se unindo como um só.

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"Sonhar que está planejando um casamento com alguém que nunca conheceu é uma metáfora que simboliza a união do seu lado feminino e masculino. Ele representa uma fase de transição em que você está procurando algum tipo de equilíbrio entre seu lado agressivo e o lado emocional. O sonho também pode indicar que dois aspectos anteriormente conflitantes estão se unindo como um só."


E de certa forma, em um sonho totalmente desconexo e e com situações improváveis, encontrei a palavra que permeia minha fase atual: transição.

Apenas para registro.