quinta-feira, 15 de setembro de 2011

The Vampire Diaries - Appetites Preview


Tentação, sedução, obsessão... destruição.
Todo mundo quer um pedaço dela.
Ceder a seus apetites.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Você Não.


Me negam o direito que à mim nunca foi dado
De abrir mão dos sentimentos, de conter só a razão.
Sempre me vi só. Pensando. Mais do que sentindo.
Sempre me vi pensando. Só. Sentindo mais do que queria.
Agora, você está vendo o jeito que eu fiquei e que tudo ficou:
Uma tristeza tão grande,
Aguardando uma coisa que vai além das flores na janela.
Na minha janela as flores cantavam.
Eu me lembro; penso.
Eu sempre me lembrarei da Canção de Jacques Prévert:
"Qual dia somos nós?"
Somos a vida e o sonho, nós somos o amor.
Ele diz o contrário; e o contrário, o que é?
Se não somos o dia, a vida e o amor que não sabemos que somos.
Me abrace. Me dê um colo. Estou sempre lhe pedindo um colo,
E você me negando palavras, sentimentos, seu colo, um adeus.

Não espero que nada disso faça sentido agora.








*Post original: 05/12/10

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Presságio

Estou viva.
Mas a morte é música.
A vida, dissonância.
Minha alegria é como
fim de outono porque
tive nas mãos ainda flores
mas flores estriadas de sangue.


Há cristais coloridos
nos teus olhos.
Vida nos teus dedos.


Estou morta.
Mas a morte é amor.


Não fiz o crime dos filhos
mas sonhei bonecos quebrados
sonhei bonecos chorando.


Alguns dias mais
e serei música.
Serás ao meu lado
a nota dissonante.


[Hilst, Hilda - 1950]

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Subjeto [trecho]

[...]
O cheiro da flor de abóbora, a massa de seu pólen,
para mim, como óvulo de coelhas.
- Vinde zangões, machos tolos,
picar a fina parede que mal segura a vida,
tanto ela quer viver.
Ainda que não vos houvesse
eu fecundaria essas flores com meu nariz proletário.
- Ora, direis, um lírio ignóbil.
Pois vos digo que a reproduzo em ouro
sobre meu vestido de núpcias, meu vestido de noite.
Dentro do quarto escuro,
ou na rua sem lâmpadas, de cidade ou memória,
um sol.
Como pequenas luzes esplêndidas. 


(PRADO, Adélia. 1987: 27)







Bem-vindo, Setembro!!