domingo, 26 de abril de 2009

Versinho...

"Saudade é um parafuso
Que, na rosca, quando cai,
Só entra se for torcendo,
Porque batendo não vai.
E, se enferrujar por dentro,
Pode quebrar, mas não sai
."


Não sei quem é o autor desse poeminha, mas lembro que minha então colega de classe, Carol, no meu 1º ano no Cefet-Ba, recitou-o, nós duas sentadas na Praça Vermelha, à filosofar sobre a vida. E juro, é bem assim que hoje eu sinto a saudade, um parafuso que enferrujou por dentro desta rosca frouxa que é o coração...

[Why does it always rain on me? - Travis]

sábado, 25 de abril de 2009

É estranho...
Eu estou com febre.
Dor, uma vontade de chorar, e febre.
Meus Deus! Há quanto tempo não tenho uma febre assim, sem mais nem menos?
O que está acontecendo?
O que foi que eu fiz?
Algo não está bem. Tenho medo que ela volte, venho tendo uns sonhos estranhos, sentindo o vazio no coração, a cabeça cheia e o peso do mundo em minhas costas.
Estou deveras assustada com essa febre...
Que não seja ela o calor, presságio da morte, fim do infinito.
Meu Deus! Estou delirando... esse gosto estranho na boca...
Quando eu acordar espero que tenha passado.
A febre, e o presságio.
Que tenha passado a dor.


[A via-láctea - Legião Urbana]

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Última chance: se mate!

Me lembro de quando eu tinha sonhos, de quando fazia planos, de almejar alcançar algo... uma época frustrante. Irritante. Inútil. Não realizei os sonhos, não concretizei os planos, e se cheguei ao alcance do que almeijei uns 10mm, estive muito mais perto do que poderia imaginar.
Não, eu juro que não é rabugice. Eu realmente não me lembro qual a vantagem de ter ficado com cara de bocó, olhos esbugalhados e boca cheia de dentes, esperando por algo que nunca aconteceu.
Tenho medo dessas coisas inesperadas que acontecem. E se elas, como que por mágica, resolverem se dissolver na minha frente como nuvem? Esfarelar, sumir, virar pó? E se eu descobrir que estive dormindo todo esse tempo, e que tudo não passou de um mero sonho, devaneio tolo?
Minhas angústias não se resolvem com aspirina. Sou alérgica.




[A wolf at the door - Radiohead]

segunda-feira, 13 de abril de 2009

"Perder-se para achar-se."
E sei que de se perder ela entende bem, se perde em pensamentos, em sentimentos, devaneios, reações... Vez em quando se encontra em alguma dor que não é sua, em alguma ferida que nela não sangra, em algum vão de mundo.
Mede suas forças sempre sentada na escada, os degraus lhe mostrando a saída, ela pensando em não parar. Onde se vende coragem em lata? Onde se compra convicção em cápsulas?
Ela precisa saber. Ela não vai voltar pra casa hoje.

"Don't get any big ideas
They're not gonna happen
You paint yourself white
And feel up with noise
But there'll be something missing

Now that you've found it, it's gone
Now that you feel it, you don't
You've gone off the rails

So don't get any big ideas
They're not going to happen
You'll go to hell for what your dirty
mind is thinking"

...

[Nude - Radiohead]

quarta-feira, 1 de abril de 2009

I might be wrong*

"This machine will not communicate
These thoughts and the strain
I am underBe a world child, form a circle
Before we all go under
And fade out again and fade out again...

[...]

Immerse your soul in love."

(by Radiohead)


Dias quentes, difíceis, vazios.
Mais um dia, mais um mês, vamos lá, que comece tudo outra vez.
A mesma coisa, sempre. A mesma vida.
Imersa sua alma em amor...





*Título e trecho não correspondem à mesma obra, mas ao mesmo autor.