sexta-feira, 25 de julho de 2008

Canção.

Qual dia somos nós?
Nós somos todos os dias, meu amigo.
Nós somos toda a vida, meu amor.
Nós amamos e nós vivemos.
Nós vivemos e nós nos amamos.
E não sabemos o que é a vida.
E não sabemos o que é o dia.
E não sabemos o que é o amor.
(Jacques Prévert)

"E embora eu me repita várias e várias vezes,
nunca hei de dizer-te a mesma coisa, nunca hei de
amar-te da mesma forma, e nunca, em nenhuma hipótese,
irei morrer por ti nos mesmos dias de sempre."
(inconsciência de Jeane)
É o inverno, esse tempo fatalmente frio.
Estação; não condição da alma.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Última Postagem às 2:04h do desespero.

O mundo dá voltas.
E ás vezes parece que só dá voltas.
Não consigo acreditar nas coisas que acontecem comigo...
Por quê pra mim nada muda? O que eu ando fazendo de errado? O que eu não ando fazendo?
Estou com muita raiva de tudo. O mundo conspira contra mim, mesmo quando acompanho as suas voltas com todo meu entusiasmo infantil.
Chega de mudanças. Eu quero a estática.
Vai ver assim as coisas aconteçam diferentes.

"Eu quis querer o que o vento não leva pra que o vento só levasse o que eu não quero."
[...]
(Os Paralamas do Sucesso, Um Pequeno Imprevisto)


É, vai ver é isso.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

In Memorian*

Tudo que sei é que você quis partir. Eu quis partir você, tirar você de mim.
Demorei pra esquecer, demorei pra encontrar um lugar onde você nãa me machucasse mais.
E, guardei um pouco. Por que o tempo é mercúrio cromo, e tempo é tudo que somos.
Talvez tivéssemos, teríamos tido, tivéramos filhos; estava lhes ensinando a ler On the road e coisas desiguais.
Com você por perto, eu gostava mais de mim.
Veja bem, eu já não sei se estou bem só por dizer.
Só por dizer é que finjo que sei.
Não me olhe assim, eu sou parte de você, você não é parte de mim.
Do meu passado 'cê faz pouco caso. Mas, só pra você saber, me diverti um bocado!
E, com você por perto, eu gostava mais de mim.

(Legião Urbana, La nuova gioventú)

*Feliz Aniversário. Nunca esqueci.Nunca esquecerei.

domingo, 13 de julho de 2008

Dias de Julho.

Daqui há uns dias vou viajar.
Tomando um café, fico pensando o que realmente me fará falta enquanto estiver longe.
Muito pouca coisa me interessa de fato, ou prende minha atenção.
Sei que vou ter a companhia de um livro, um mp4 com minhas músicas favoritas, e o colo da minha mãe.
Mas o que mais me deixa feliz? O que completa e preenche as minhas tardes vazias?
Qual o maior confidente das minhas madrugadas em claro? De quem mais eu vou sentir falta?
A justificativa de que as pessoas que amo levo em meu coração não me convence muito.
Sinto falta de pessoas, materialmente falando.
Onde estão meus amigos? Cadê meu irmão? Cadê meu amor?
Sei que parece até letra da Adriana Calcanhoto, mas essas indagações realmente me incomodam.
Eu ando mesmo desorientada, confusa, e muito pouco auto-confiante.
Meu norte são essas pessoas. Mas, se não as tenho agora, como posso esperar que caibam na minha mala para que eu as leve onde for?
Tô falando pra você, querida EU, que não existe nada no mundo que seja realmente seu. Nada em que você possa depositar seu sentido de viver, de pensar.
Você nasce só, vive só e na melhor das hipóteses, vai morrer só.
Pare de se preocupar com o que não se pode mudar.
As coisas são assim.
Cada vez mais acredito menos no real sentido do livre arbítrio. Não existe escolha.
As coisas são como são, como foram predestinadas a ser.
E que esses dias passem logo. Anos atrás foram assim. Nos próximos também serão. Mesmo que você diga que um dia, talvez, isso vá mudar.
Julhos, Agostos, Janeiros... o que muda? Os dígitos finais dos anos que passam.
Por que eles sim, eu sei que passam. Imprescindíveis.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Que Deus me ajude.
Temidas escolhas apareceram em meu caminho recentemente...
Estou desesperada. Não sei o que fazer. Como reagir.
O pior de tudo é que eu não sei o que fazer com a sarna que arranjei pra me coçar.
Respire fundo. Feche a porta e esqueça o barulho... idéias prontas pra mergulhar.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Hãn...

Começar é sempre difícil.
Sempre penso nisso quando vou fazer alguma coisa da qual sei que posso e vou me arrepender, mas que tenho que fazer.
Escolher é um caminho difícil, mas concretizar as escolhas... isso sim é um desafio.
Quando sento pra escrever é por que já estou com a cabeça cheia de confusões. Daí, olho pra tela e pergunto: "Como é que eu vou começar?" Fico olhando o teclado, analisando, escaneando as letras como se nunca tivesse visto um teclado antes.
E, de repente, não mais que de repente... estou eu catando as coisas, e tentando organizá-las, e transformando em palavras tudo que já foi idéia um dia. Pensamentos. Coisas vãs.
Sofro uma cobrança exacerbada de mim mesma pra escrever.
Mas pra quê? Como saber qual o momento certo, o que vale a pena, como deve ficar?
Eu e meus questionamentos.
Na verdade, quero apenas desabafar comigo mesma sobre isso, essa angústia, essa inquietação que eu sinto sempre que tenho que fazer alguma escolha, tomar uma decisão.
Eu devo ser maluca.
E dou corda aos meus devaneios como se fossem explanações pautadas no mais absoluto discernimento e coerência. Definitivamente eu não devo bater muito bem do juízo.
Não sei bem como começar as coisas, mas sei como terminá-las prontamente.
E só acabar e pronto. Por um fim nas coisas é a minha especialidade.
Só não sei como por um fim nas minhas dúvidas.
C'est la vie!