domingo, 13 de julho de 2008

Dias de Julho.

Daqui há uns dias vou viajar.
Tomando um café, fico pensando o que realmente me fará falta enquanto estiver longe.
Muito pouca coisa me interessa de fato, ou prende minha atenção.
Sei que vou ter a companhia de um livro, um mp4 com minhas músicas favoritas, e o colo da minha mãe.
Mas o que mais me deixa feliz? O que completa e preenche as minhas tardes vazias?
Qual o maior confidente das minhas madrugadas em claro? De quem mais eu vou sentir falta?
A justificativa de que as pessoas que amo levo em meu coração não me convence muito.
Sinto falta de pessoas, materialmente falando.
Onde estão meus amigos? Cadê meu irmão? Cadê meu amor?
Sei que parece até letra da Adriana Calcanhoto, mas essas indagações realmente me incomodam.
Eu ando mesmo desorientada, confusa, e muito pouco auto-confiante.
Meu norte são essas pessoas. Mas, se não as tenho agora, como posso esperar que caibam na minha mala para que eu as leve onde for?
Tô falando pra você, querida EU, que não existe nada no mundo que seja realmente seu. Nada em que você possa depositar seu sentido de viver, de pensar.
Você nasce só, vive só e na melhor das hipóteses, vai morrer só.
Pare de se preocupar com o que não se pode mudar.
As coisas são assim.
Cada vez mais acredito menos no real sentido do livre arbítrio. Não existe escolha.
As coisas são como são, como foram predestinadas a ser.
E que esses dias passem logo. Anos atrás foram assim. Nos próximos também serão. Mesmo que você diga que um dia, talvez, isso vá mudar.
Julhos, Agostos, Janeiros... o que muda? Os dígitos finais dos anos que passam.
Por que eles sim, eu sei que passam. Imprescindíveis.

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