quarta-feira, 29 de julho de 2015

Raiva.

Raiva. Sinto muita raiva, o tempo todo, uma angústia na alma, um medo crescente e absurdo de não sei bem o quê, que eu não quero que aconteça, insônia, sono interrompido, sonhos, revelações, memórias fragmentadas, pequenas doses de desprezo e indiferença, um vazio, um torpor, tanta raiva...
Suspiro, por muitas vezes, não sei se de cansaço ou de desgosto.
Sinto cada vez mais vontade de afundar na cama, não sair de lá, não sair do quarto, da casa, não sair pro mundo.
As pessoas, a maioria delas, não merecem a minha atenção.
Quero sumir.
Quero desaparecer.
Que os Deuses não atendam as minhas preces, não por hoje.
Com tanta coisa boa sendo oferecida, com tanto amor, carinho, compaixão, empatia, e ele sempre escolhe a dor pra carregar.... Isso me mata.
Prometi não falar mais, prometi respeitar o silêncio, mas não dá.
Estou explodindo, de raiva, de dor, de não sei bem o quê, de alguma coisa que eu não consigo conter, que me tira o ar, embaralha meus pensamentos, eu não consigo pensar, me faz querer morrer...
Raiva.




"Me diz, por onde você me prende? 
Por onde foge? E o que pretende de mim?"

Acontecimentos_ Marina Lima.
 

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