sexta-feira, 13 de março de 2009

Sobre como não ser.

"Era apenas mais um dia, como outro qualquer, como muitos outros haviam sido.
Um dia comum, cheio de pessoas comuns, coisas comuns, situações comuns.
E uma pessoa comum vivia a sua vida comum.
Mas, ao abrir os olhos, ela viu que não era dia. E viu que nada era comum.
Como ela pode sentir falta de uma época que não viveu?
De pessoas que não conheceu, de batalhas que não enfrentou?
Como pode ter esquecido esse sentimento, essa força, essa coragem que a move?
Acha a vida muito curiosa...
Ela tenta se manter em certos padrões de normalidade, mas não é nada fácil quando é necessário cada vez mais cortejar a insanidade.
E aí? O que fazer?
Tentar arrumar tudo de novo, e ir buscar respostas quando todas as perguntas já foram mudadas?
Ela desiste. Ela sabe que qualquer um em seu lugar também desistiria.
Não há ninguém pra lhe salvar."

[Every you, every me - Placebo]

Um comentário:

Aline Shinoda disse...

"Quando achamos que sabemos todas as respostas o mundo vem e munda as perguntas!"
Não há ninguém para NOS salvar...
Lindo o texto!