domingo, 22 de março de 2009

2+2 = 00011198716520918127273630001


Existem algumas coisas na vida de que você realmente gosta, algumas de que você gosta muito e outras que você simplismente venera. Algumas dessas coisas você imagina que não conseguiria viver sem a existência delas. Dá pra imaginar você sem nunca ter ouvido uma canção, um acorde, ou aquela voz característica da sua banda favorita? Aquela que tem sempre uma música pra cada ocasião da sua vida, cada segundo do seu dia, cada fase, cada relacionamento ou momento de introspecção? É claro que dá. Mas você simplismente se nega a fazê-lo, e por quê? Porque, meu amigo, minha amiga, você é um ser absolutamente emocional e dependente de. De tudo. Nós nos apegamos a tudo, nos apaixonamos por tudo, tudo é motivo pra ser a razão das nossas vidas.
Comigo não seria nada diferente. Eu estou aqui, às 00:009 escrevendo estas mal traçadas linhas para poder expressar o meu imenso amor por uma das bandas mais fodas que o universo já conheceu: RADIOHEAD.
Claro, você deve ter imaginado que eu falaria da "sua" banda favorita, mas o Radiohead não é só a minha banda favorita.
É a minha bíblia, e Tom Yorke é o meu Jesus Cristo. Heresia? Não: compreensão, total e absoluta.
Hoje ele está contando a minha história, cada lágrima, cada riso, cada ida ao fundo do poço, cada ressurgimento, cada preocupação, cada inspiração, cada expiração, cada eu. Pra milhares de pessoas que eu não conheço, que nunca vi e provavelmente nunca verei, mas que tem a mesma certeza que eu tenho: ele leu meus pensamentos. Ele sentiu a minha dor. Ele entrou nos meus sonhos e viu o que ninguém mais viu.
Nunca imaginei que chegaria o dia em que eles estariam aqui tão perto, tocando suas canções, vociferando suas palavras e eu não estaria presente em corpo físico. Mas é isso, a vida não é feita só de realizações.
Na verdade a vida não é feita de realizações. Tudo não passa de um sonho, turbulento, angustiante e inacabável.
Por que nunca acaba, nunca, nem mesmo quando morremos, até mesmo quando isso acontece o sonho de alguém continua e muitos outros nascerão e continuarão.
E o Radiohead está tocando no Brasil. E eu não sou uma das mais de 100 mil pessoas que os viram e ouviram de perto, frente a frente, sem um vidro ou outra barreira que nos separe.
E eles vão fechar a noite com "... what the hell am I doing here? I don't belong here."
Eu também não pertenço a esse lugar, nem a lugar nenhum.
E minha alma está onde vocês estiverem...








*Devaneios de uma fã frustrada que não foi ao show da sua banda preferida.
Adivinha o que eu tô ouvindo?
Sem mais.

2 comentários:

Aline Shinoda disse...

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Amei seu texto!!! O texto que fiz pro meu menotr ficou no chinelo diante desse aí! Só quem gosta meeeessssmmoooo é que sabe o que é sentir cada arrepio, cada dor estranha no peito, cada gosto estranho na boca, cada dorzinha no estômago por só ouvir falar dos nossos "caras". São eles os reveladores da nossa história. E a gente dá o aval pra que eles a transformem em canção e espalhem pelo mundo. Um brinde à eles, nossos mentores!

Garotinha Jê disse...

aonde... rsrs
a sua "declaração de amor" nem se compara a esses resquícios de frustração... mas obrigada pela identificação! eu sei q vc me entende... ;)