quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Redenção.

 Hoje eu acordei, depois e uma noite difícil, com forte dor de cabeça e náuseas; com uma sensação muito ruim. Talvez resultado dos sonhos que eu tive, tão ruins... 
Eu me senti como se tivesse descoberto uma verdade há muito tempo oculta. 
Uma sensação esquisita de que tudo finalmente ficou claro pra mim. Eu vi o que estava embaixo da névoa escura do meu ódio, embaixo das brumas da minha ingênua esperança... eu vi a verdade, eu soube a verdade. 
Não foi rápido, nem fácil. Essa dor, esse mal-estar, todo esse desconforto, é resultado dessa descoberta.
Hoje eu sei que acabou, mesmo. Morreu. Acabou. 
O que quer que eu tenha tentado salvar não pode ser salvo porque simplismente não existe mais. Um amor que nunca existiu não pode ser resgatado... 
Eu demorei pra perceber, eu não queria perceber. Eu me iludi. Caí mais uma vez no véu de Maia, e me perdi.
Felizmente me encontrei a tempo, me reencontrei a tempo. 
Eu vejo, claro como água pura e limpa: não há o que resgatar.
Vi você rindo da minha cara. Rindo. Você, esfregando sua felicidade na minha cara, você sendo feliz.
Mentindo pra mim. Eu senti nojo de mim. Eu me arrependo, eu me sinto lesada, eu não deveria ter me aberto tanto, ter me doado tanto. Minha sinceridade, meu desprendimento, meu amor: tudo isso foi o meu calvário.
Vou partir você, vou arrancar você à faca, tirar você de mim; cirurgicamente, se preciso for.
Vai doer, sei que vai. Mas eu não posso ficar com essa doença, esse câncer dentro de mim.
Você é hoje uma doença da qual eu preciso me curar.
Você é o meu câncer. Não vou morrer com você em mim.


*Post original de 11/12/10.

Um comentário:

Aline Shinoda disse...

"Se eu morrer por causa de um câncer, então serei enterrado no silêncio da resposta." Mike Shinoda