domingo, 7 de novembro de 2010

As Profecias

Tem dias que a gente se sente um pouco, talvez, menos gente.
Um dia daqueles sem graça, de chuva cair na vidraça.
Um dia qualquer sem pensar sentindo o futuro no ar.
O ar, carregado sutil... um dia de maio ou abril.
Sem qualquer amigo do lado, sozinho em silêncio calado,
Com uma pergunta na alma: por que nessa tarde tão calma
O tempo parece parado?

Está em qualquer profecia, dos sábios que viram o futuro, dos loucos que escrevem no muro. Das teias do sonho remoto, estouro, explosão, maremoto. A chama da guerra acesa, a fome sentada na mesa. O copo com álcool no bar, o anjo surgindo no mar. Os selos de fogo, o eclipse, os símbolos do apocalipse. Os séculos de Nostradamus, a fuga geral dos ciganos.
Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia.

Um gosto azedo na boca, a moça que sonha, a louca. O homem que quer mas se esquece, o mundo do dá ou do desce.
Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia.
Sem fogo, sem sangue, sem ás, o mundo dos nossos ancestrais. Acaba sem guerra mortais, sem glórias de Mártir ferido. Sem um estrondo, mas com um gemido.

Os selos de fogo, o eclipse.
Os símbolo do apocalipse.
A fuga geral do ciganos,
Os séculos de Nostradamus.
Está em qualquer profecia que o mundo se acaba um dia.
Um dia...
Sim, sim, sim...

2 comentários:

Aline Shinoda disse...

Eu sempre disse que acabaria...
rs
Lindo!

Vanessa Lee disse...

Toca Raul!!!

Por falar nisso, tenho até que procurar meu CD que tem essa música...