domingo, 27 de abril de 2008

Passagem.

O Samhain não é um tempo só de morte, é também um tempo de recomeço, de novo início. É um tempo em que as sombras vem lhe dizer que há coisas a serem deixadas para trás para que outras novas possam acontecer.
O grão volta para a terra, pra dentro do Grande Útero; volte-se para dentro de si, do seu ser.
O que você é agora? O que você construiu? No que você se tornou?
Toda Luz produz uma Sombra proporcionalmente igual a ela. Você faz crescer a sua Luz, busca alcançá-la? E quanto a sua Sombra, que importância tem dado a ela?
Tempo de perguntas e de respostas.
Tenho medos, muitos, que sempre tentei esconder. Tenho medo do que não posso controlar. O destino é um deles.
Medo de mudar, de crescer, de parecer frágil e humana. Mas eu sou humana!
Medo do fracasso.
Reajo com agressividade algumas poucas vezes e com verdadeira inércia na maioria das vezes. Me rendo muito fácil ao que eu acho que não posso vencer. Não reconheço a fraqueza que há em mim. Não reconheço a minha culpa, o que eu atraio por livre e espontânea vontade e consciência.
Preciso me desfazer do que já foi, do que não quero mais. ver quando é necessário utilizar a minha Sombra, porque ela é apenas um paralelo da Luz que há em mim.
Uma extensão de mim, um potencial que deve ser trabalhado, necessário. Talvez eu só cresça satisfatoriamente quando reverenciar o seu verdadeiro valor, reconhecê-la e aceitá-la.

Um comentário:

Pamela Simplício disse...

Eu me identifico taaaaanto com as coisas que você escreve, mas taaaanto! oO
A ponto de me assustar às vezes!
Amei esse texto! De verdade!