sábado, 6 de janeiro de 2018

Dia de Reis

Em mais um sábado, o primeiro do ano de 2018, vejo o quanto uma pessoa pode ser descartável.Ainda que hoje tenha registrado a coisa mais triste pra um começo de ano tão cheio de esperanças na minha agenda do amor, eu ainda sinto que vai melhorar e eu vou descobrir a ser autossuficiente, e a dizer não quando isso for me fazer bem, e não a outra pessoa.
Quantos amigos eu tenho? Poucos. 
Quantos amigos me procuram quando precisam de ajuda? Todos.
Quantos amigos eu encontro quando sou eu quem precisa de ajuda? Nenhum.
Não estou sendo injusta, é a minha realidade. É a desvantagem da empatia, não se tem garantias de que o outro fará por você o que você fez por ele. Aliás, isso não tem muito a ver com empatia, e sim com reciprocidade, ou a falta dela. Mas por que mesmo eu insisto nessa tecla?
Em verdade, eu não tive o melhor começo de ano, de novo. Me apeguei ao bordão "ano da justiça, ano de Xangô", e esqueci de fazer minhas preces, mentalizar meus objetivos, fazer o famoso "pedido de virada de ano". Foi tão rápido, não raciocinei o acontecimento, e a primeira pessoa que abracei não era alguém com quem desejava estar nesse momento tão superestimado pela humanidade. 
Enfim, quando não se pede nada na hora da virada, o ano te dá umas coisas meio merda e você tem que aceitar. Assim é a vida.
Queria morrer dormindo, mas acordei pra festa dos reis magos. São 3, e trazem as boas-novas.
Pra mim, trouxeram as boas tapas na cara.
Bem-vindo, ano novo!

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