quarta-feira, 5 de agosto de 2015

IMBOLC* (Ainda sinto o cheiro do parto).


"Esperamos.
Das pessoas, das coisas, dos fatos, de nós mesmos. 
Esperamos tanto tempo, até nos sentirmos cansados; mesmo assim não desistimos de esperar. 
[…] Como se esperar mudasse todo o final, encantasse as verdades mais obscuras e as realidades mais temidas. 
Porque você espera, você tem fé e lhe ensinaram que isso é bom.
E mesmo sabendo que não é, que nada do que você esperou aconteceu de fato até agora, você continua com essa mania burra, com essa ideia de que será salvo no último minuto, que de repente sua vida acontecerá como um roteiro aclamado e que você será contemplado com o magnífico prêmio de estar vivo. Como se. 
Como se toda essa esperança lhe justificasse a vida e a tornasse mais humanamente suportável, sem que se dê conta que ela apenas lhe prepara para a mais alta queda, sem qualquer rede de proteção." 

(Autor desconhecido - por mim)


*Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a Purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brígida e seu santuário foi transformado em um mosteiro de monjas. 
O Sabbath Imbolc, cujo nome significa "apressar-se", celebrava o aumento da luz e a derrota do inverno. Na véspera, todos os fogos e luzes eram apagados para serem reacesos, ritualisticamente, com as brasas das fogueiras dedicadas a Brigith.
Ocorre em 1º de Agosto no hemisfério sul, durante o fim do inverno e preparação para a entrada da primavera.

Fonte: http://www.somostodosum.ig.com.br





Preparo textos para quase todos os sabbaths importantes pra mim, e esse é um dos que eu mais gosto. Há pouco mais de um mês celebrei o Yule, e este que sempre me enche de esperança ou marca um momento de dor passou despercebido por mim.
Hoje, quando saí de casa, fazia sol, tempo claro, fez até calor, e tudo que planejei consegui concretizar. Quando voltava pra casa, o tempo escureceu, veio a chuva, e um sentimento de desprendimento, de encerramento, não sei explicar, tomou conta de mim. Fiquei reflexiva, um pouco triste, mas a chuva simplesmente lavou o que em mim doía.
Até que chegue a primavera, vivenciarei o Imbolc. 
Vivencio a chama crescer.
Meu inverno da alma nunca foi tão necessário pro que eu vou me tornar agora.


Abençoado seja o retorno da Luz!
 



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