domingo, 8 de setembro de 2013

Cansei*

Cansei de ser eu mesmo, me deixa ser você.
A vida não perdoa quem quer se reescrever.
Cansei dessa rotina, já não ouço o mesmo som,
Cansei desse negócio de tentar ser bom.

Cansei dos meus retratos, da falsa sensação
De ter você por perto e não seu coração.
Não me olhe desse jeito, retoque seu batom
A sua vaidade faz parecer tão bom, faz parecer tão bom,
Faz parecer tão bom.

Cansei dos mesmos rostos, dessa repetição.
Me deixa ser o centro da sua distração.
Cansei dos inquilinos da minha solidão.
Olhar você dormir não é compensação.

Cansei da velha ideia de segurar você,
A reta do inseguro acaba na tv.
Me entregue este controle, me entregue a alma então.
Amor, você parece disco arranhado em vão: pura repetição.

Disco arranhado em vão, pura repetição. Pura repetição...





Senti necessidade de por um fim definitivo nisso, por perder uma noite chorando e lamentando ter conhecido alguém e ter permitido um sentimento tão puro se esvair feito fumaça. É que uma dor assim a gente não reconhece até aparecer na gente.
Eu senti necessidade de por um fim, de vez. No relacionamento, no sentimento, no 'depois de você'.
Tentei salvar o que eu sentia, mas o que era bom morreu nesse domingo.
Pena que eu não consigo mandar você ir à merda, mas posso tentar apagar o que sobrou de você em mim. É o que eu vou fazer.
Sinto como se só fosse começar a viver se apagar essa parte da minha história que foi boa, mas agora só me faz sangrar. Vai ser estranho, mas depois que eu chorar tudo que eu tenho pra chorar vou sorrir de verdade, de feliz. Como um raio de Sol que anima as almas tristes dos dias de chuva.

*Silva.

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