terça-feira, 11 de junho de 2013

De como eu aprendi a dançar...

Me senti ferver por dentro. 
Foi bem essa a sensação, Quente, fervendo, um calor incomum.
Não foi a primeira vez que alguém me segurou assim, pela cintura, como se eu fosse uma boneca de pano. Mas me segurar rente ao corpo e apenas dizer "relaxa", como se isso pudesse acalmar o desconforto que ele já havia despertado... Respirei. E o olhei como um animal que olha pro seu predador, meio desafiante, mas completamente encurralada. 
Me entreguei. Deslizei feito uma fita de cetim por entre seus braços e apenas me deixei levar.
Fui levada. Dancei. E de repente meus sentidos se perderam, se misturaram, já não sabia mais se estava sonhando ou se era real. Aquela dança me colocou em transe. Fora de mim, e ao mesmo tempo muito dentro de mim. Dentro dele. Muito próxima.
Quando me dei conta, os olhares estavam parados em nós. 
Me senti obscena, lasciva. e não parei; não paramos.
Aquele calor, o desejo apenas aumentava, já sentia meus batimentos cardíacos mais acelerados, escutando sua respiração ofegante, meus suspiros, eu o olhava e ele não precisava dizer nada, continuava me pedindo com o corpo: "relaxa".
Isso deve ter durado alguns minutos, mas pareceram horas...

Quando dei por mim, o calor me consumia, e eu parei. 
Pra me reidratar, baixar a temperatura.
Depois disso, foi quase mecânico, de novo nos braços, explorando um corpo que eu não conhecia, mas que era meu naquele momento.. Foi intenso demais, sensual demais, eu não quero dançar assim de novo com ninguém. Com ninguém, a não ser com você.


Madrugada de Sexta-feira, 07.06.13

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