quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu não esqueço nada.*

Vejo você de tão longe, que só eu sei que é você, só eu sei te ver.
Lembro de tudo que houve, de tudo o que ia haver.
Do que não foi nada dentro dos nadas que havia.

Porque eu não esqueço nada, a não ser de te esquecer...
Nem ao meio-dia, nem de madrugada.
Eu não esqueço nada; eu não esqueci.

Nem o alívio do fim, nem o delírio do começo, nem um dia comum.

Você me trata tão bem, mantém meu coração ferido.
Vou lhe fazer um pedido: não fique perto de mim.
Porque eu não esqueço nada, a não ser de te esquecer...
Nem ao fim do dia, nem de madrugada.
Eu não esqueço nada; nem vou esquecer.




Não era pra ser assim, não era pra doer tanto.

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