terça-feira, 13 de outubro de 2015

De como desenvolvi aversão ao estado de amar.

Certa vez me apaixonei por um homem que me feriu a boca num beijo.
Me apaixonei pela respiração junto a minha, pelo cheiro, pelo gosto, pelo sentir...
Fui apenas sentidos durante aquelas horas em que o tive o mais perto possível do meu corpo.
Foram as palavras, os olhos, o sorriso, um conjunto improvável de coisas que eu quis pra sempre ter daquele instante em diante. 
Foi como um sonho, e como fumaça, esvaiu-se. 
Essa paixão certa vez se transformou em dor, pura e simplesmente dor.
E o que doía?
Tudo.
Doeu saber que aquele homem jamais seria meu, que um outro homem o dominaria.
Que aquele homem nunca mais me beijaria novamente até ferir o outro canto da boca.
Que aquele homem sempre pensaria em alguém que não eu.
E eu...? Seria sombra,  apenas isso.
Meu tempo é pra ser sempre só; eu li certa vez que a felicidade não foi feita pra todos.
Com certeza não foi feita pra mim.
Pra mim o amor é só tortura, um querer inalcançável, inatingível, ilusório.
Me acostumei a não ter esse tipo de sentimento como prêmio por merecimento. 
Juntei com as outras abstinências que o meu corpo sempre se condiciona a suportar. 

Procuro outros mundos pra instaurar o meu caos,
mas na minha cabeça você não entra mais.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Das canções que eu ouço no rádio quando não estou pensando em nada.*

Quando você olha pra ela, seu rosto te entrega
Fala mais fino com ela, já não se pode negar

Só não se esquece que eu também te amo
Só não se esquece
Não se endurece que eu também te amo
Não se endurece

Como se faz pra ter o teu carinho,
Poder ganhar teu colo,
E ter felicidade?
Não quero mais viver assim, sozinha
Eu vou fugir de casa,
Você vai ter saudade

Quando você olha pra ela, eu viro areia
Curva seu corpo pra ela, pra mim montanha

Só não se esquece que eu também te amo
Só não se esquece
Não se endurece que eu também te amo
Não se endurece

Como se faz pra ter o teu carinho,
Poder ganhar teu colo,
E ter felicidade?
Não quero mais viver assim, sozinha
Eu vou fugir de casa,
Você vai ter saudade.

 Gal Gosta _ Quando Você Olha Pra Ela


**Descobri no mesmo dia que a composição é da Mallu(ca) Magalhães. Gostei só um pouquinho dela, por isso. Mas amo a Gal. Meu voto é pra ela. :)